Mundial 2022: Fernando Santos fala de Pepe, Ronaldo e António Silva

4 nov 2022, 23:35
Fernando Santos (HUGO DELGADO/LUSA)

Selecionador aborda também o caso de Cristiano Ronaldo

Fernando Santos anuncia os convocados da seleção de Portugal para o Mundial na próxima quinta-feira e o selecionador garante que tem nesta altura «muito mais certezas do que dúvidas»

«Não seria natural se a tão poucos dias houvesse muitas dúvidas. No último mês temos tido ocorrências inoportunas com lesões que são sempre imprevisíveis, mas há muito mais certezas. Vai ser tudo feito ao minuto e em cima do acontecimento. Esperamos não ter surpresas.», começou por dizer, em entrevista à Sport Tv.

O técnico foi questionado sobre o estado de Pepe, afastado do FC Porto por lesão há algumas semanas, e se isso condiciona as suas decisões e admite que tendo em conta a importância do experiente central isso pesa.

«Quando temos 90 por cento das decisões tomadas, casos como o de Pepe influenciam, porque ele tem uma grande importância na seleção nacional. Temos um diálogo constante com o departamento clínico do FC Porto, porque são eles que estão a avaliar a situação no dia a dia. Não posso ser eu ou a seleção a fazer essa monitorização», explicou.

Ainda assim, o treinador recusa a ideia de que a ausência do defesa coloque em causa a ambição nacional.

«As ambições da seleção vão ser sempre as mesmas. Portugal disputa as provas para as vencer e isso nunca depende de ir este jogador ou aquele. Não podemos ficar desesperados se um cai».

Já sobre se, em sentido contrário, poderá constar da lista final o nome de António Silva, central de 18 anos do Benfica, Fernando Santos garante que uma coisa não está relacionada com a outra.

«Não tem nada a ver com a ausência ou presença do Pepe. Está definido que vamos ter quatro centrais. Três estão mais definidos, mas há outra vaga», sublinhou, antes de assegurar que a idade não vai pesar na decisão.

«Será sempre por mérito que os jogadores. Quantos anos tinha o Renato Sanches quando foi ao Europeu de 2016? Tinha 18 anos, não foi o bilhete de identidade que contou. Neste caso é igual», atira.

O selecionador abordou ainda o caso de Cristiano Ronaldo, admitiu que chegou a preocupar-se com a situação do capitão, mas que a questão agora parece resolvida.

«Se me falassem disso há dois meses, quando o Ronaldo não estava a jogar… hoje é diferente. Ele jogou os 90 minutos nos últimos três jogos. Neste momento, nem em Inglaterra isso é tema. Antes podia colocar-se a questão do ritmo de jogo, agora não. E se continuar a jogar, não se aplica. Quando ele não andou a treinar com a equipa, isso deixou-me preocupado, mas agora não», resumiu.

A concluir, o treinador apontou a ambição da seleção no Mundial à conquista do título, como tem sido sempre.

«Não há nenhum português que não queira estar no aeroporto [em festa]. É a ambição natural depois das conquistas que já tivemos. E essa ambição fundamenta-se na confiança que tenho na qualidade dos jogadores e na capacidade de fazer dos jogadores uma equipa», concluiu, avisando: «levo malas para muitos dias».

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