Sandra passou 43 anos na cadeia por um crime que não cometeu

16 jun, 11:01
Sandra Hemme

A advogada de Sandra Hemme acusa um polícia de ter matado a bibliotecária Patricia Jeschke, em 1980. Sandra era doente psiquiátrica quando confessou o crime às autoridades

Sandra Hemme foi condenada a uma pena de prisão perpétua e passou os últimos 43 anos na cadeia por um crime que, concluiu agora a justiça norte-americana, não cometeu. A idosa do Missouri, acora com 63 anos, viu agora a condenação anulada, depois de um um juiz ter encontrado provas “claras e convincentes” de que ela era inocente do homicídio em questão.

Sandra (“Sandy”) tornou-se na mulher a cumprir uma pena de prisão mais longa nos Estados Unidos estando inocente. Estava presa pela morte da bibliotecária Patricia Jeschke, em 1980, um crime que ela própria confessou às autoridades na altura. Sandra era doente psiquiátrica, condição que a terá levado à confissão.

Sandra declarou-se culpada de homicídio em troca de evitar a pena de morte. Inicalmente a condenação foi rejeitada, mas, de acordo com a Associated Press, foi condenada novamente em 1985, após um julgamento de um dia em que a única prova contra ela foi a sua “confissão”.

A advogada de Sandra Hemme acusa um polícia de ser responsável pela morte de Patricia Jeschke. Uma tese corroborada, na última sexta-feira, pelo juiz do condado de Livingston, Ryan Horsman, que concluiu que “as evidências ligam diretamente” o assassinato de Jeschke a um agente da polícia local, que mais tarde foi para a prisão por outro crime e morreu entretanto.

Sandra Hemme deve ser libertada dentro de 30 dias, a menos que os promotores decidam julgá-la novamente. A pena de prisão de Hemme marca a mais longa condenação injusta de uma mulher na história dos EUA, disseram os advogados do Innocence Project – uma organização sem fins lucrativos de justiça criminal, que agora abriram o processo que levou à sua libertação.

E.U.A.

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