Fernando Santos: «Se Rafa quiser falar, pergunto “onde e a que horas?”»

4 nov 2022, 22:34
Seleção Nacional

Selecionador nacional sublinha que não tem de ser ele a procurar o jogador do Benfica

A recusa de Rafa à seleção não é um assunto fechado para Fernando Santos. Isso mesmo foi assumido pelo selecionador nesta sexta-feira, em entrevista à Sport TV.

«Dossiers fechados não existem comigo. Sempre disse que a seleção está aberta sempre a todos os jogadores. Havia jogadores como o Tiago ou o Ricardo Carvalho que tinham enviado cartas a pedir a recusa antes de eu chegar e que depois solicitaram o contrário», começou por introduzir.

Fernando Santos explicou o processo do jogador do Benfica que renunciou à seleção, mas garante que aceitaria falar com ele para o regresso.

«O jogador não pede ao selecionador para deixar de vir à seleção. No máximo pede para não ser convocado. O pedido [de renúncia] tem de ser feito à FPF. Mas se eu tivesse o telefone aqui e o Rafa me dissesse que gostava de falar, eu perguntaria “a que horas e em que local?”», garantiu, sublinhando, porém, respeitar a decisão do jogador.

«Eu respeito a decisão. Sempre respeitei. Mas não pode partir de mim essa conversa porque também não partiu de mim ao contrário», nota.

Fernando Santos recordou ainda o longo percurso de Rafa consigo na seleção para reforçar que sempre acreditou na qualidade do benfiquista.

«Ele vem à seleção comigo desde 2016. Foi campeão europeu. Na última convocatória que fizemos ele também estava. Esteve no Europeu em 2021. Nunca as portas se fecharam a ninguém», acrescentou.

Já quando questionado se a forma que o jogador tem apresentado nas águias lhe podia garantir a titularidade na seleção, o técnico defendeu que neste momento ninguém tem lugar no onze garantido.

«Este Rafa como está a jogar no Benfica e como jogou sempre. Se eu o convoquei sempre, estão a dar-me razão. Depois tem a ver com o que me dizem em campo. Todos os jogadores que estão na ficha de jogo têm sempre a possibilidade de ser utilizados. Não me parece possível dizer, hoje, que é um jogador e mais 10 na seleção», acrescentou, referindo que isso se aplica também a Cristiano Ronaldo. «Nem Ronaldo, nem ninguém. Nós sabemos que a base para ganhar é estar determinados em sermos “nós” e não “eu” ou “ele”.»

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