CDS propõe aumento intercalar de pensões

3 jan 2008, 14:03

Para que «os pensionistas não voltem a perder poder de compra»

O CDS-PP anunciou hoje que vai propor, no Parlamento, um aumento intercalar das pensões de reforma para que «os pensionistas não voltem a perder poder de compra».

Em declarações aos jornalistas, o deputado democrata-cristão Pedro Mota Soares criticou o aumento de 2,4 por cento para as reformas até 611,12 euros, hoje decretado pelo Governo, e explicou que a proposta do CDS-PP visa «pelo menos» um aumento idêntico à inflação.

«A perda do poder de compra dos pensionistas é uma das marcas mais evidentes da política de profunda desigualdades e de injustiça social. São eles quem tem pago a factura social da política governamental», disse.

Mota Soares lembrou que os reformados com as pensões mais baixas «têm sido muito penalizados desde que o Governo de José Sócrates está em funções», nomeadamente com a perda da majoração dos medicamentos ou que passaram, «em alguns casos», a ser taxados com o IRS.

Além disso, frisou que o aumento tem por base a inflação do ano anterior, mas que «geralmente é revista em alta pelo Governo» e, assim, os pensionistas perdem poder de compra.

Pedro Mota Soares argumentou, aliás, que os aumentos de serviços públicos são «bem superiores» a 2,1 por cento previsto de inflação para 2008, como é o exemplo dos transportes (3,9 por cento) ou as taxas moderadoras na saúde (cinco por cento).

Uma portaria dos Ministérios das Finanças e do Trabalho estabelece um aumento de 2,40 por cento para as pensões do regime geral de montante até 611,12 euros, de 1,90 por cento para as pensões acima de 611,12 euros e até 2.444,46 euros e de 1,65 por cento para as pensões acima de 2.444,46 euros.

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