Confrontar a Rússia? "Opomo-nos." Gouveia e Melo? "Criou ambiente de preparação para a guerra" (João Oliveira, PCP)

16 mai, 11:57
João Oliveira, do Partido Comunista Português (LUSA/José Sena Goulão)

Cabeça de lista do PCP às Europeias defende que ainda que Portugal é "hoje um país mais dependente e mais atrasado" pela pertença à União Europeia

João Oliveira, cabeça de lista do PCP às Europeias, afirmou esta quinta-feira em entrevista à rádio Observador que o seu partido é o "que mais firmemente se opõe à política de confrontação da União Europeia não só com a Rússia, mas também com a Rússia”.

“Não aceitamos que o relacionamento externo de Portugal fique amarrado a lógicas de confrontação com outros países ou de promoção da guerra”, afirmou João Oliveira.

O cabeça de lista pela CDU argumenta ainda que as declarações de Gouveia e Melo sobre termos de estar prontos para morrer em defesa da Europa serviram para gerar preocupação, assim como outras declarações de dirigentes europeus.

“Estão a criar um ambiente de preparação dos povos para a guerra. É a agora que decidimos se empurramos os nossos filhos e netos para a barbárie e para o catástrofe nuclear. A história já nos deu lições suficientes para percebermos quando as coisas se começam a encaminhar em determinado sentido", considera.

João Oliveira falou ainda sobre a União Europeia, considerando que "somos hoje um país mais dependente e mais atrasado" e que "em muitas circunstâncias já não conseguimos perceber se a UE é a causa dos problemas ou um pretexto”. Por isso mesmo, considera que Portugal não pode ser dependente de Bruxelas. 

“A nossa preocupação é afunilamento no espaço da União Europeia. A política externa do Estado português não pode ficar limitada ao espaço da União Europeia. Uma política externa que vá muito para lá das fronteiras da União Europeia", afirmou, lembrando ainda que "a entrada de fundos comunitários não chega sequer para compensar os prejuízos".

Quando questionado se o PCP defende a saída de Portugal da União Europeia, o comunista garante que "não há uma proposta nesse sentido" e que isso "não corresponde à reflexão que temos vindo a fazer”, assinala.

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