Idosos regressam a lar incendiado

9 jan 2008, 18:03

Obras no lar de Serpa devem estar terminadas até ao final do mês

Mais de 40 utentes do lar de idosos de Serpa (Beja), atingido por um incêndio no último dia de 2007 e que está a ser recuperado, regressam, segunda-feira, à instituição, noticia a agência Lusa.

Dos 102 utentes do Lar de São Francisco, quatro morreram devido ao incêndio, um após sair do hospital e ter entrado num lar, quatro feridos graves continuam internados e os restantes estão provisoriamente realojados em várias instituições ou casa de familiares.

O incêndio no lar, gerido pela Santa Casa da Misericórdia de Serpa (SCMS), afectou os dois pisos da zona dos quartos e a sala de convívio, mas o refeitório, a cozinha e toda a parte antiga do edifício mantiveram-se sem danos.

As obras de recuperação do lar, que arrancaram dois dias após o sinistro, «estão a decorrer a bom ritmo» e «os primeiros utentes regressam segunda-feira», disse esta quarta-feira à agência Lusa, a provedora da SCMS e responsável pelo lar, Maria Ana Pires.

O piso do rés-do-chão, o menos afectado pelo incêndio, «fica pronto no final desta semana» para acolher, segunda-feira, em primeiro lugar, os 42 utentes que foram realojados fora de Serpa, em várias instituições do distrito de Beja, explicou.

As obras «mais profundas» no primeiro andar e na sala de convívio, as zonas mais afectadas pelo fogo, deverão terminar »até ao final deste mês», para acolher os 45 utentes realojados numa residência de estudantes em Serpa e os seis que estão em casa de familiares, previu.

Idosos aida internados


Dos idosos internados, dois estão em situação delicada nos cuidados intensivos da unidade de queimados do Hospital de São José (Lisboa) e os outros dois estão no Hospital de Beja, com o estado de saúde a evoluir favoravelmente.

Além dos três mortos durante o incêndio, um dos feridos graves, que esteve internado no Hospital de Beja, morreu na passada sexta-feira, elevando para quatro o número de vítimas mortais do sinistro.

Um outro idoso ferido no incêndio acabou também por morrer há uma semana, dois dias após ter saído do hospital de Beja e ter entrado no Lar de Santana da Serra, em Ourique (Beja).

Em declarações à agência Lusa, a directora do lar, Ana Rato, explicou que a morte se deveu a «causas naturais», escusando-se a relacionar o óbito com o incêndio.

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