Considera que seria uma «reforma estrutural», mas admite que não é «a pessoa mais qualificada para emitir uma opinião sobre isso»
O economista Daniel Bessa disse esta terça-feira que a proposta de um eventual fim da dedução das despesas da Educação, com a compensação a ser dada directamente à escola por cada aluno, resultaria numa reforma estrutural.O economista explicou, escreve a Lusa, que a ideia seria que o Estado apoiaria a educação dos jovens e crianças através do pagamento de um determinado montante por cada aluno nas escolas públicas ou privadas e, em contrapartida, os pais deixavam de deduzir as despesas no IRS.
A proposta foi feita pelo bastonário da Ordem dos Economistas, Rui Leão Martinho, durante o IV congresso da APED que, no final do painel, escusou-se a dar mais detalhes sobre esta sugestão.
No mesmo evento, Bessa disse aos jornalistas que a sugestão do bastonário é «uma medida que, a ser adoptada», resultaria numa «reforma estrutural».
«Acho que é uma proposta, não me parece mal, mas também não sou a pessoa mais qualificada para emitir uma opinião sobre isso».
Corte de rating é «uma desgraça»
Já quanto à revisão em baixa do rating de Portugal pela S&P para a classificação «lixo», na passada sexta-feira, Daniel Bessa disse: «É uma desgraça».
Nesta área, Portugal só tem «tido más notícias», adiantou o economista, sublinhando depois: «A única coisa que digo é que isso é lamentável e não nos ajuda nada».
Questionado ainda sobre as declarações do primeiro-ministro, na segunda-feira, de que as agências de rating estavam a fazer política, Daniel Bessa opiniou: «As pessoas têm de tocar para diante, não podemos desvalorizar isto».