Barreira defensiva aguentou até ao fim nas costas de Cláudio Ramos
A FIGURA: Cláudio Ramos
Seguro sempre que foi chamado a intervir, para ataques com menos perigo dos flavienses, como os remates de Tiba aos 37 e 39 minutos, foram as defesas fundamentais que mais chamaram a atenção na sua exibição. Aos 2 minutos evitou o golo de Jefferson quando parecia batido, e aos 51' evitou igualmente o golo a Galvão, quando já se gritava golo. Curiosamente, teve menos trabalho quando a sua equipa ficou com menos duas unidades em campo e apenas aos 90+4 teve de se aplicar para defender um remate forte após livre de Bressan.
O MOMENTO: minuto 55, jogo definitivamente condenado
Com uma equipa em superioridade numérica, e como é habitual, a partida já estava condicionada, mas com a segunda expulsão, a de Joãozinho, o jogo ficou incaracterístico e com muito pouco futebol. De um lado, o Chaves não foi esclarecido para chegar ao golo da vantagem e, quem sabe, fazer um outro resultado, e o Tondela foi aproveitando todos os momentos para pausar o jogo e fazer o relógio correr a seu favor.
OUTROS DESTAQUES
Davidson: com o apoio fundamental do lateral Djavan, o extremo brasileiro foi uma seta constante à baliza de Cláudio Ramos, ora a tentar o golo, como fez aos 37 minutos e 76, com remates ao lado, quer a ganhar faltas que levaram perigo à baliza do Tondela, como aos 12 minutos no lance que viria a resultar no primeiro golo. Aos 80 minutos tentou ainda um remate acrobático em plena grande área que saiu por cima. Em cima do final, teve o golo da vitória nos pés mas não conseguiu o desvio decisivo, em boa posição…
Bressan: está de volta o ‘verdadeiro’ Bressan que os flavienses tiveram na segunda metade da época passada. Ultrapassados os problemas físicos, o médio brasileiro mas que compete pela seleção bielorussa é fundamental na manobra dos transmontanos. Nas bolas paradas, raramente não cria perigo, tendo assistido William para o golo, aos 13, mas antes deu o golo a Jefferson, aos 2, que este não aproveitou. A sua agressividade no meio campo e capacidade de construção são também fundamentais. Aos 90+4 acertou na baliza no livre direto mas o guardião contrário defendeu com segurança.
Ricardo Costa: após o lance infeliz na jornada anterior, com o autogolo frente ao SC Braga, o experiente central português redimiu-se com uma exibição de garra e querer num jogo difícil. Forte fisicamente, como é a sua imagem, por vezes exagerou e fez faltas, tal como toda a equipa do Tondela. Mas no ataque foi também figura de destaque, com o melhor momento a ser aos 29 minutos, quando contribuiu decisivamente para o golo do empate da sua equipa.
Junior Pius e Joãozinho: as suas atitudes no mínimo irrefletidas aos 18 e 55 minutos, contribuíram para duas expulsões no encontro, condicionando a estratégia do Tondela, que teve de jogar largos minutos com menos uma unidade e a partir dos 55 minutos com nove elementos. Em que estaria a pensar Júnior quando entrou daquela maneira sobre o William e Joãozinho quando fez a falta sobre Matheus Pereira?
