Serão mais de seis mil os estrangeiros mortos a defender a Ucrânia
Um antigo bombeiro português morreu a lutar na Ucrânia na sequência de um ataque russo à região de Dnipro, confirmou a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Macedo de Cavaleiros, corporação à qual pertencia João Luís Chaves Natário.
De acordo com a partilha daquela organização, João Natário integrou a Legião Estrangeira Militar Francesa de Defesa Territorial da Ucrânia há dois anos, sendo um dos milhares de estrangeiros que se voluntariaram para defender a Ucrânia da invasão da Rússia.
"Durante toda a sua vida, quer como bombeiro quer como militar, o João defendeu sempre as pessoas, dedicando-se à proteção do bem mais precioso de todos: a vida humana. Foi nesta missão que hoje tragicamente perdeu a sua", destacam os bombeiros de Macedo de Cavaleiros, que deixam as suas condolências à família e amigos.
Não é fácil de saber ao certo quantos cidadãos estrangeiros combatem diariamente na defesa da Ucrânia, mas o governo ucraniano já chegou a admitir que a Legião Estrangeira tem cerca de 20 mil homens no terreno.
São cidadãos de mais de 50 países, incluindo Portugal.
É igualmente difícil confirmar quantos já terão morrido, mas a Rússia disse, já este ano, que são mais de seis mil.
Segundo o diário russo Moskovkoie Komsomolskaia, citando o analista militar Boris Rojin no canal Telegram, o português, identificado no jornal como "Rico Chaves", estava ao serviço das forças ucranianas e foi abatido por tropas russas, sem detalhes sobre o local e a forma como morreu.