Portugal não foi pior que França mas Portugal foi uma versão pior de si próprio neste Euro. Alguns erros acontecem porque é a vida, outros porque é o treinador
AS NOTAS DOS JOGADORES
DIOGO COSTA
(Pedro Falardo) 8 → Manteve Portugal no jogo e não teve hipótese de parar nenhuma grande penalidade. Exibição competente no geral.
(Germano Oliveira) 6 → Tornou possível estarmos nos quartos de final depois daquele acontecimento psicadélico que protagonizou contra a Eslovénia, amém, e agora contra a França teve de aguentar com um tornado: Theo Hernández fez um remate a 127 km/h aos 20 minutos e o Diogo agarrou serenamente toda aquela velocidade - e antes e depois disso não falhou nenhuma interceção pelo ar e esteve sempre seguro entre os postes, só falhou por excesso de confiança num remate do Dembélé aos 72 minutos: o Diogo ergueu aos braços no vazio, é o sinal público dos guarda-redes a anunciar que a bola vai ao lado quando a bola ainda só está a meio do caminho, mas quando o remate do Dembélé chegou ao destino assustou porque no final do percurso a bola raspou o poste, uma bola que raspa o poste por fora também pode raspar o poste por dentro, cuidado com isso. Não é portanto um erro com consequências, é só um erro de cálculo - e quando isto é o pior que um guarda-redes faz em campo é porque não há nada de importante a censurar-lhe - e não há: o Diogo ficará para sempre como o protagonista maior de uma das melhores histórias do futebol português e não ter defendido nenhum penálti contra a França é uma história de que ninguém se vai lembrar daqui a uns meses.
JOÃO CANCELO
(Pedro Falardo) 8 → Foi dos melhores da seleção enquanto esteve em campo, pena que tenha feito um turno, na minha opinião, demasiado curto. Não sou Roberto Martínez, por isso não sei o porquê de uma saída tão precoce de campo.
(Germano Oliveira) 7 → Saiu aos 74 minutos quando estava a ser um dos melhores na segunda parte, durante a qual abriu a via do golo para o Bruno Fernandes num passe em rutura aos 61' que só não se tornou em 1-0 porque Maignan não deixou. Apanhou pela frente com Theo e Mbappé, são velocistas que Cancelo teve de vigiar com bastante preocupação e por isso nem sempre foi possível ter Cancelo a ir lá à frente - a responsabilidade defensiva impôs-se com frequência à vertigem ofensiva, mas sempre que Cancelo progride no relvado o futebol da seleção torna-se mais alegre: o modelo de jogo de Portugal sofre daquela letargia do passe para o lado e do passe para trás, Cancelo tem felizmente um futebol que protesta contra isso.
PEPE
(Pedro Falardo) 8 → Fez o seu último jogo em Europeus e, provavelmente, em fases finais de grandes competições. Deu tudo o que tinha e justificou plenamente a titularidade nesta prova. Pode sair de cabeça erguida.
(Germano Oliveira) 8 → Acabou em lágrimas e ganhou o direito a chorar cada uma delas: Pepe chegou a este jogo com mais 17 bolas recuperadas do que Rúben Dias, Pepe tem estatísticas impressionantes que derivam daquela postura de fazer de cada lance em que se envolve o momento mais decisivo do jogo - aos 91 minutos, a dois do prolongamento e portanto numa fase em que qualquer erro é irreversível, Pepe perdeu inicialmente em velocidade para Thuram e o francês pensou que tinha o caminho aberto para chegar a Diogo Costa, não tinha: Pepe, 41 anos, fisicamente seco como um adolescente e manhoso como um jogador vivido, recupera os metros perdidos, vai ao limite cardíaco do seu corpo e ao limite de sabe-se lá o quê e volta a chegar junto de Thuram, dá aquele encosto no limite da falta, já estão os dois dentro da área portuguesa e Pepe consegue cortar para canto e começa a celebrar como se tivesse feito o 1-0 de Portugal, Rúben Dias abraça-o. Pepe é isto, é dar tudo ou mais do que tudo, aos 97' tem um momento parecido com o do minuto 91, voltou a festejar, 2-0 para o Pepe naquele instante.
RÚBEN DIAS
(Pedro Falardo) 8 → Fez um bom número de cortes, incluindo o melhor do encontro, a remate de Kolo Muani já na área. Jogo sólido do melhor central português.
(Germano Oliveira) 7 → Se Pepe é o nosso caso Benjamin Button, o Rúben é a nossa circunstância Schwarzenegger: tem uma maneira mais discreta mas mais musculada de ser tão fiável como Pepe - o Rúben, não tendo a intensidade do central com que faz dupla, tem o tamanho e a força certas para se complementar com ele. Portugal fez 240 minutos na fase a eliminar sem ter sofrido qualquer golo, houve muito mérito nisso destes dois - e ao minuto 66 contra a França foi só mérito do Rúben, o corte que ele faz ao remate do Kolo Muani é uma intervenção tão alucinante como se o Rúben tivesse feito um golo de calcanhar ao Maignan, vale mais ou menos o mesmo.
NUNO MENDES
(Pedro Falardo) 9 → Foi, a par de Vitinha, o melhor de Portugal neste Euro 2024. Esta sexta-feira em Hamburgo voltou a fazer uma grande exibição. Teve tantas boas ações que se torna difícil compilá-las. Não merecia sair tão cedo do Euro.
(Germano Oliveira) 8 → Foi dos melhores portugueses no torneio, eventualmente até o melhor: tem um pulmão infinito, um drible fácil, joga a uma velocidade superior à da equipa e é corajoso - por vezes demasiado corajoso, progride com bola para terrenos onde não devia e foi numa movimentação dessas que deixou a retaguarda desprotegida aos 66 minutos e daí resultou a melhor oportunidade de França até àquele momento. O melhor Portugal é sempre com Nuno Mendes em campo e Nuno Mendes vai ter muitos mais Euros no futuro para fazer de Portugal melhor, neste Euro acabou o prolongamento com França a iniciar uma jogada de perigo que ele próprio concluiu com um remate que quase evitava os penáltis.
PALHINHA
(Pedro Falardo) 7 → Levou um amarelo por uma não-falta sobre Kylian Mbappé. É feito para grandes partidas e, mais uma vez, não comprometeu.
(Germano Oliveira) 6 → Chegou aos quartos como o segundo jogador da seleção com mais bolas recuperadas e o líder do tackles (a par de Nuno Mendes), chegou ao intervalo neste jogo com França como o segundo com mais passes feitos, só superado por Pepe e com Rúben Dias em terceiro - e isto diz muito sobre a filosofia de posse da seleção, Portugal tem muita bola (neste jogo teve 63%) mas é com o central a passar para o outro central e depois para o médio defensivo, que por sua vez devolve para o central e assim sucessivamente. Não é culpa de Palhinha esta posse inconsequente, a responsabilidade é de quem dá as ordens, mas ao menos Palhinha cumpre bem o que é esperado dele - teve 95% de eficácia de passe nessa dormência estratégica em que a seleção se deixa aborrecer a si própria. Pelo meio disto, Palhinha foi o que faz dele indiscutível neste 11: fiável, comprometido, intenso, duro, destruidor de jogo alheio, merece o que lhe aconteceu na vida - o Bayern.
VITINHA
(Pedro Falardo) 9 → Um verdadeiro mágico no meio-campo de Portugal. Fez tudo para levar a bola para a frente. Prova que é um dos melhores médios no mundo e é dos poucos que merecem lugar cativo na atual seleção.
(Germano Oliveira) 7 → Os franceses montaram-lhe um cerco que funcionou plenamente durante o quarto de hora inicial, entretanto Vitinha desprendeu-se da armadilha mas lentamente - o futebol de Portugal ressentiu-se disso, a equipa esteve muito distante da baliza de Maignan, apenas dois remates. Vitinha não conseguiu levar a equipa para a frente nos primeiros 45 minutos e viu-se forçado a distribuir jogo em zonas muito recuadas, teve até menos contacto com a bola do que é habitual: costuma estar entre os que fazem mais passes mas na primeira parte isso coube a outros que estavam atrás dele no terreno - Pepe, Palhinha, Rúben Dias e Nuno Mendes, o que diz muito sobre os sítios por onde andou a posse de bola portuguesa. Na segunda parte a seleção melhorou praticamente toda (talvez menos Rafael Leão, o melhor da primeira parte mas que pagou na segunda o cansaço de tanto drible) e Vitinha soltou o seu jogo e o da seleção, que acabou os 90 minutos com 10 remates - 2 na primeira parte e 8 na segunda, um deles aos 63 minutos que é uma das melhores oportunidades de Portugal e que teve precisamente Vitinha a protagonizá-la, Maignan defendeu. Quando Vitinha se tornar mais agressivo a pisar o último terço e quando lhe permitirem na seleção o que ele já faz bastante no PSG - usar a meia-distância -, quando Vitinha fizer isso vai aproximar-se ou igualar ou até superar o estatuto de Bruno e Bernardo. Para começar: Vitinha foi melhor do que ambos neste Euro.
BRUNO FERNANDES
(Pedro Falardo) 6 → Não foi outra vez um jogo muito bem conseguido por parte do médio, mas fez os três primeiros remates da seleção na partida. O Europeu ficou um pouco aquém do esperado e do habitual dele sempre que veste a camisola das Quinas.
(Germano Oliveira) 6 → Teve uma primeira parte estranha: marcou mal alguns cantos, marcou assim-assim outros e até marcou alguns bem - e isso é uma surpresa não porque o Bruno não saiba marcar cantos, que sabe, mas porque nenhum português tem conseguido marcá-los em condições neste Euro: afinal Portugal é a seleção do torneio que lidera em número de cantos, mais de 40, mas não fez nada com eles. Os únicos remates de Portugal na primeira parte, dois, são do Bruno, ambos em circunstâncias raras: o primeiro foi de fora da área, Portugal é uma seleção que tem pavor da meia-distância, talvez esteja por aí uma das justificações para a seleção ter passado seis horas sem marcar um golo neste Euro (desde o terceiro à Turquia até ao minuto 120 com França); o segundo remate foi num livre frontal, daqueles livres perigosos que durantes anos só Ronaldo podia marcar mas que contra a França permitiram que fosse o Bruno a fazê-lo - e isso é estatuto, o Bruno é oficialmente líder desta seleção. Na segunda parte teve uma das melhores oportunidades de que Portugal dispôs: Cancelo faz um passe em rutura que apanha o Bruno a desmarcar-se em velocidade, como o Ronaldo fazia tantas vezes, o Bruno rematou mas Maignan foi melhor, o Ronaldo das tantas vezes era avançado para marcar isto. Minutos depois, surpresa: Roberto Martínez tirou Bruno Fernandes do jogo, afinal foi precipitação nossa achar que o Bruno é oficialmente o líder desta seleção - substituir o Bruno não é crime, mas basta comparar o que Bruno estava a dar ao jogo (e o que podia dar) com o que Ronaldo não estava e era simples detetar quem fazia mais falta ao jogo coletivo.
RAFAEL LEÃO
(Pedro Falardo) 8 → Esteve, mais uma vez, muito bem a criar os desequilíbrios, fazendo uma parelha diabólica com Nuno Mendes. Saiu cansadíssimo do terreno de jogo, fez tudo o que pôde, incluindo por vezes à defesa, onde não é costume vê-lo. Itália tem muito a ganhar com um jogador como ele a atuar na Serie A.
(Germano Oliveira) 7,5 → Chegou a este jogo como o português mais veloz (pico de 35,4 km/h) e rei do drible (22, que comparam com 6 de Bernardo e Ronaldo e 5 de Bruno), entrou neste jogo a honrar as suas estatísticas, saiu da primeira parte como o melhor em campo e pagou com cansaço na segunda parte o esforço de tanta finta e sprint. Ele e Nuno Mendes fizeram o corredor por onde passou a maior parte do jogo ofensivo português, sobretudo nos primeiros 45 minutos, foi ali que França sofreu mais mas Portugal não tirou o devido proveito: a seleção penaliza-se por não ter referências na área - Nuno Mendes e Rafael Leão ganharam a linha com frequência mas isso vale de pouco quando raramente há alguém para receber no coração da área ou em torno dela o jogo criado pela dupla Mendes e Leão, que parece o nome de uma empresa de logística. Rafael sai do Euro a jogar melhor do que entrou, nunca tendo sido mau mas também sem nunca ter sido um Leão.
RONALDO
(Pedro Falardo) sem nota → Por respeito e gratidão ao nosso estimado capitão, não lhe vou atribuir uma nota nesta partida.
(Germano Oliveira) sem nota → É o maior de sempre: isto é escrito sem qualquer ironia, é dito com toda a gratidão desportiva, é proferido com o maior respeito por ele ter feito de Portugal um país global - e é só isto que é preciso dizer sobre Ronaldo depois do jogo que fez contra a França e dos outros todos.
BERNARDO SILVA
(Pedro Falardo) 7 → Desamarrou-se da direita com a entrada de Francisco Conceição e a saída de Bruno Fernandes e mostrou-se muito mais confortável no meio do que no corredor. Surpreendente, han?
(Germano Oliveira) 6 → Agravou inadvertidamente a lesão no nariz do Mbappé, foi aos 54 minutos num lance que podia ter dado golo para Portugal: o Bernardo tem uma excelente oportunidade na área após um dos bons cantos do Bruno, cabeceia na direção da baliza mas aparece a cabeça do Mbappé pelo meio, que evitou o golo mas não evitou que a bola lhe batesse na cara e consequentemente no nariz. Neste jogo como nos outros, o Bernardo pareceu por vezes um estranho em campo, perdido num lugar que não o beneficia nem à seleção, demasiado preso aos flancos quando o Bernardo não pode estar nem tanto nos flancos nem tão preso. Depois de o Bruno sair, foi para zonas mais centrais do campo e a seleção teve um benefício - Francisco Conceição foi melhor a fazer de Bernardo. Já Bernardo a fazer de Bruno é melhor do que Bernardo amarrado ao corredor. Inteligente como é - e é muito -, o Bernardo sabe que não foi um bom Euro. Foi só um Euro.
NÉLSON SEMEDO
(Pedro Falardo) 6 → Não comprometeu e teve algumas boas ações, mas lá está: com ele e sem Cancelo, a seleção é menos perigosa.
(Germano Oliveira) 5 → Chegou a este jogo com duas estatísticas esquisitas: não tinha falhado nenhum passe (24 em 24) e não tinha feito nenhum cruzamento, o que não é o ideal para quem é lateral. Fez quase tantos minutos neste jogo contra a França (46) como no resto do Euro inteiro e serviu pelo menos para fazer três cruzamentos (todos cortados pela defesa francesa) e errar os primeiros passes, dois. Nada a apontar na entrega e concentração mas Cancelo está noutro nível.
FRANCISCO CONCEIÇÃO
(Pedro Falardo) 7 → Outro que deu tudo, incluindo um grande passe para Cristiano Ronaldo após uma grande arrancada aos 93 minutos e um excelente cruzamento para Félix cabecear às malhas laterais. Ganhou claramente espaço na seleção com este Europeu.
(Germano Oliveira) 7 → Foi melhor contra a França do que contra a Geórgia, o que diz bastante sobre a maneira com desaproveitou o tempo contra a equipa mais fraca mas diz também que tem talento para jogar contra quiser: arrancou um amarelo a Saliba aos 84, que resultou num livre perigoso que foi só mais uma das dezenas de bolas paradas que Portugal desperdiçou neste Euro - o nosso laboratório de cantos e livres precisa urgentemente de novos investigadores. Aquele lance com o Saliba foi curioso porque o Francisco ficou a queixar-se da cara e a seguir o realizador mostrou a cara indignada do Sérgio Conceição, que estava nas bancadas, o que não vimos foi a cara que o Sérgio Conceição fez no início do prolongamento quando o Francisco furou a defesa francesa e ofereceu o golo a Ronaldo, que nem sequer acertou na baliza; mais tarde, aos 108 minutos, o Francisco ofereceu o golo a Félix com um belíssimo cruzamento, mas também foi ao lado. Mas o que não foi ao lado é a prestação do Francisco neste Euro, há lugar para ele no futuro imediato que pode durar facilmente até ao futuro longínquo.
RÚBEN NEVES
(Pedro Falardo) 5 → Não deu muito ao jogo e ter de preencher um espaço habitualmente ocupado por Palhinha não é fácil.
(Germano Oliveira) 5 → Cometeu um erro grave quase a acabar os 90 minutos: Portugal está balanceado no ataque, Rúben faz um cruzamento negligente, daqueles que uma vez intercetados permitem uma saída rápida do adversário e aconteceu isso mesmo: França aproveitou a momentânea desorganização posicional de Portugal e subitamente Mbappé já está junto à nossa área mas remata mal para defesa do Diogo. Rúben entrou para o lugar de Palhinha, com isso a seleção fica a perder na destruição e nos equilíbrios mas o jogo português vira-se para a frente, Portugal foi melhor que a França no prolongamento e o Rúben ajudou nisso.
JOÃO FÉLIX
(Pedro Falardo) sem nota → As redes sociais estão a encarregar-se de o criticar. Não o vou fazer aqui.
(Germano Oliveira) sem nota → Francisco Conceição ofereceu-lhe o golo aos 108 minutos, Félix cabeceou ao lado, acontece; falhou o penálti que deixa Portugal de fora, também acontece; ainda não sabe em que clube vai jogar, isso também lhe acontece todos os anos. João Félix é melhor do que tudo o que lhe tem acontecido, que João Félix tenha brevemente um treinador que possa fazer dele o que ele pode ser. E um clube que acredite mesmo nele.
MATHEUS NUNES
(Pedro Falardo) sem nota → Mais um jogo em que entra perto do final sem que seja possível avaliá-lo.
(Germano Oliveira) sem nota → Entrou aos 118 minutos, foram dois minutos de jogo para juntar aos outros 15 que tinha. Deve ter sido um Euro muito estranho para Matheus Nunes.
ROBERTO MARTÍNEZ
(Pedro Falardo) 4 → Não tem coragem para fazer o que tem de ser feito. Um yes man, portanto. Mesmo assim, conseguiu fazer substituições não totalmente desprovidas de sentido
(Germano Oliveira) 3 → A substituição de Cancelo é intrigante, a substituição de Bruno é inesperada, a não substituição de Ronaldo é incompreensível, desistir de Gonçalo Ramos com a equipa desesperada por uma referência mais estável na área é uma opção discutível, ter abdicado de atirar uma granada-Neto lá para dentro porque Félix pareceu-lhe mais apropriado para o jogo é uma questão de gosto por riscos diferentes, desperdiçar a intensidade de Diogo Jota é sombrio. Depois: Portugal ter mais bola que França é bom marketing mas quando se vê de onde vem essa posse percebe-se que é um desperdício do nosso talento - a quantidade de passes para o lado e para trás, a quantidade de posse que está em Pepe, Rúben e Palhinha é desoladora. No fim vamos para casa com seis horas de jogo sem fazer um golo, isto enquanto Roberto Martínez orienta uma seleção que dispõe da sua melhor geração de sempre. No fim: Portugal não foi pior que França mas Portugal foi uma versão pior de si próprio neste Euro.