Governo aumentou 300 euros mas não convenceu PSP e GNR. Quarta ronda de negociações termina sem acordo

CNN Portugal , BCE
4 jun, 23:21

Nem à quarta proposta foi de vez. Reunião do Governo com os sindicatos das forças de segurança marcada por desistências a meio das negociações.

Terminou sem acordo a quarta ronda do Ministério da Administração Interna (MAI) e os sindicatos das forças de segurança sobre o aumento do suplemento de missão, sabe a CNN Portugal.

Isto no mesmo dia em que o Governo apresentou uma nova proposta de aumento de 300 euros no suplemento de risco, valor que será pago de forma faseada até 2026, passando o suplemento dos atuais 100 para 400 euros. Segundo a proposta, os 300 euros de aumento seriam pagos por três vezes, sendo 200 euros em julho e os restantes no início de 2025 e 2026, com um aumento de 50 euros em cada ano.

Esta foi a quarta proposta que a ministra da Administração Interna apresentou aos sindicatos da PSP e associações da GNR, sendo uma atualização do início da reunião, que começou com um aumento proposto de 230 euros.

Mesmo assim, os esforços de Margarida Blasco não convenceram os representantes das forças de segurança, que foram abandonado a reunião à medida que as negociações decorriam.

A Associação Sindical Autónoma de Polícia (ASAPOL) foi o primeiro sindicato a abandonou as negociações com o MAI, com o porta-voz a afirmar que saiu da reunião "frustrado" com a proposta do Governo. "Pensávamos que o Governo poderia dar-nos mais dinheiro. Não foi dado, estamos muito frustrados", afirmou o representante da ASOPOL em declarações à CNN Portugal.

De seguida, foi a vez de o Sindicato Independente dos Agentes de Polícia (SIAP) também abandonar a reunião com a ministra Margarida Blasco, descrevendo a proposta apresentada pelo executivo como "muito curta" em comparação com a proposta inicial.

O Sindicato Nacional da Polícia também desistiu da reunião a meio, com Armando Ferreira a justificar a saída devido com "compromisso" do sindicato para com os polícias. "Aquilo que o Governo nos está a propor seria de sensivelmente cerca de 300 euros até 2026. É metade do que é pretendo e é pago em plano plurianual", apontou o presidente do sindicato.

Momentos antes de se saber o desfecho desta nova ronda de negociações, Hugo Soares, líder da bancada parlamentar do PSD, colocou a hipótese de o executivo “determinar o aumento do subsídio nesse valor (300 euros), independentemente de os sindicatos estarem de acordo ou não”.

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