Seguem complicadas as negociações entre Ministério da Administração Interna e sindicatos das forças de segurança
O Governo voltou a alterar a proposta de subsídio a pagar aos agentes da PSP e aos guardas da GNR. Depis de uma primeira recusa, o Ministério da Administração Interna apresentou um aumento de 300 euros no suplemento de risco, valor que será pago de forma faseada até 2026, passando o suplemento dos atuais 100 para 400 euros.
Segundo a proposta, que está a ser apresentada pela ministra da Administração Interna aos sindicatos da PSP e associações da GNR, os 300 euros de aumento seriam pagos por três vezes, sendo 200 euros em julho e os restantes no início de 2025 e 2026, com um aumento de 50 euros em cada ano.
Trata-se de uma atualização ao que esteve em cima da mesa durante a tarde: o pagamento de um aumento de 230 euros, sendo que 190 aplicar-se-iam já, enquanto os outros 40 euros subiriam em 2025. Proposta essa que não agradou às forças de segurança, e que agora cai. Os 300 euros era precisamente o valor que um dos sindicatos avançava como condição mínima, mas não foi referido se a condição de pagamento faseado seria bem-vista.
Com esta proposta, a vertente fixa do atual suplemento por serviço e risco nas forças de segurança passa dos 100 para os 400 euros, mantendo a vertente variável de 20% do ordenado base dos militares da GNR e polícias da PSP.
Inicialmente, a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, começou por se reunir com os sete sindicatos da PSP, mas ao fim da tarde as cinco associações da GNR juntaram-se à reunião, estando reunidos em conjunto.
Entretanto, a Associação Sindical Autónoma de Polícia, que não faz parte da plataforma dos sindicatos da PSP e associações da GNR, abandonou as negociações por não concordar com a proposta, até porque pretendia retroatividade no pagamento do subsídio de risco.
Esta é a quarta proposta que a ministra da Administração Interna apresenta aos sindicatos da PSP e associações da GNR, sendo uma atualização do início da reunião, que começou com um aumento proposto de 230 euros.
Esta foi a quarta reunião negocial entre Margarida Blasco e os seis sindicatos da Polícia de Segurança Pública e as cinco associações da Guarda Nacional Republicana.
Na última ronda de negociações, a ministra da Administração Interna propôs alterar o suplemento por serviço e risco nas forças de segurança que já existe na vertente fixa de 100 para 280 euros, um aumento de 180 euros, e manter a vertente variável de 20% do ordenado base.
Os sindicatos da PSP e associações da GNR saíram desta reunião desagradados com a proposta apresentada por Margarida Blasco, porque consideraram “o valor muito baixo”.
Em resposta, a plataforma dos sindicatos da PSP e associações da GNR apresentou ao Governo uma contraposta, propondo que o suplemento que cobre o risco aumente 300 euros este ano e outros 300 em 2025, passando dos atuais 100 para 700 euros.
A plataforma defende que os 600 euros de aumento sejam pagos de forma faseada entre este ano e 2025.
Atualmente, o suplemento por serviço e risco nas forças de segurança inclui uma componente fixa de 100 euros e uma variável de 20% do salário base.
Desde que começaram as negociações, em abril, que o Governo apresentou três propostas de suplementos aos polícias.