E. Amadora-Sporting, 1-2 (destaques)

11 nov 2000, 21:43

A virtude esteve de facto no centro Os centrais do Sporting foram os grandes protagonistas na vitória do Sporting. Beto e André Cruz demonstraram que não sabem só defender e, juntos, construiram o segundo golo do Sporting. Mas o espaço e a segurança que usufruiram deve-se em grande parte ao apoio que tiveram de Paulo Bento e Delfim. Este último, está definitivamente em subida de forma.

Beto e André Cruz

Grande exibição dos centrais do Sporting. É verdade que o Estrela, em termos ofensivos, não lhes criou muitas dificuldades, mas os dois jogadores não se contentaram com o descanso e acabaram por ter intervenção decisiva na vitória. André Cruz é o grande responsável pelo sufoco que o Sporting impos nos minutos iniciais. De livre directo ou indirecto, na marcação de cantos e mesmo com o jogo a decorrer, levou sempre perigo à área do Estrela. Foi dos seus pés que saiu o canto que Beto converteu em golo. A defender foi soberano, merecendo destaque um desarme perfeito, quando Cadete preparava o remate em boa posição. Beto ainda subiu mais alto. A defender esteve intransponível mas foi no meio-campo que se destacou. Quando o futebol do Sporting encravava e ficava sem soluções, o central era o primeiro a pegar na bola e a caminhar por ali fora. O golo que marcou, pleno de oportunidade, foi um justo prémio para uma exibição irrepreensível. 

João Pinto

Aos poucos vai encontrando o seu espaço nesta equipa do Sporting. Não tem uma posição fixa mas corre quilómetros ao longo da frente de ataque e abre espaços para os seus companheiros explorarem. Tanto correu que acabou por conseguir o que há muito procurava: um golo. E pelo meio ainda deixou um bom punhado de pinceladas de talento. 

Delfim e Paulo Bento

Dois jogadores com estilos completamente diferentes mas que, juntos, são um importante factor de equlíbrio na equipa do Sporting. São os primeiros a defender e a lançar o ataque. Delfim, no encontro com o União de Leiria, na última jornada, já tinha dado sinais de estar em nítida subida de forma. Recuperou inúmeras bolas e experimentou, vezes sem conta, o seu poderoso remate. Em potência está, sem dúvida, a cem por cento, no entanto, em termos de pontaria, ainda pode evoluir. Paulo Bento, por seu lado, é uma garantia de segurança para os «leões». É raro alguém passar por ele e as compensações, sempre em tempo oportuno, deram espaço e segurança aos centrais para subir no terreno. 

Kenedy

O Sporting atacou preferencialmente pela esquerda. Pela direita também tentou mas Kenedy raramente deixou passar Sá Pinto. Um duelo que se manteve durante quase todo o jogo. Quando o avançado sportinguista ganhava velocidade pelo corredor direito lá estava Kenedy, quase sempre em antecipação, como um sinal «Stop». 

Suplentes do Estrela

As entradas de Tiago Lemos e Djalma transformaram, num ápice, a equipa do Estrela. Que vacilava perante a pressão do Sporting e não tinha soluções para contrariar as sucessivas vagas de ataque dos «leões». A entrada destes jogadores forneceu mecanismos de resposta à equipa de Carlos Brito. O Estrela passou a actuar em contra-ataque, ganhou velocidade e obrigou o Sporting a recuar. O golo surgiu nesse periodo. Um passe de Tiago Lemos para Djalma converter. 
 
 

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