MP acusa ‘Bonnie & Clyde’ portugueses em caso de triplo homicídio em Bragança

Agência Lusa , MM
15 jun, 13:34
Sidney Martins e Nélida Guerreiro (Guardia Civil)

Vítimas foram um casal, um homem e uma mulher, de 69 e 66 anos, e o filho de ambos, na faixa dos 40 anos

O Ministério Público (MP) acusou um casal, Nélida Guerreiro e Sidney Martins, conhecidos como ‘Bonnie & Clyde’ portugueses, num caso de triplo homicídio na freguesia de Donai, concelho de Bragança, ocorrido em julho de 2022.

As vítimas foram um casal, um homem e uma mulher, de 69 e 66 anos, e o filho de ambos, na faixa dos 40 anos.

Os arguidos são acusados, em coautoria, de dois crimes de homicídio qualificado, dois crimes de profanação de cadáver na forma tentada, um crime de incêndio e um crime de furto qualificado na forma tentada.

O homem vai responder ainda por mais um crime de homicídio qualificado e de um crime de ofensa à integridade física qualificada.

Segundo a acusação divulgada na página da internet da Procuradoria-Geral da República, o MP “considerou indiciado que a arguida mantinha uma relação amorosa com a vítima mais nova (que se dedicava à venda e/ou cedência de produto estupefaciente), não obstante viver em união de facto com o arguido numa habitação sita em Bragança”. Os dois arguidos eram consumidores de drogas.

No dia 9 de julho de 2022, e na sequência de um plano elaborado pelos dois arguidos para furtar droga, objetos de valor ou dinheiro, “o arguido, conhecedor de que a vítima mais nova ali não se encontrava, introduziu-se no interior do logradouro da residência onde vivia esta vítima juntamente com os pais”, refere a acusação.

Ao ser surpreendido pela mulher de 66 anos (mãe da vítima mais nova), com recurso a facas, “desferiu-lhe 10 golpes que a atingiram, para além do mais, na face, pescoço, tórax e abdómen, provocando-lhe diversas lesões que lhe causaram a morte”.

Alertado pelos gritos da mulher, o marido, que estava dentro da habitação, abriu a janela do quarto para perceber o que estava a acontecer e foi também atingido com pelo menos uma facada na face e a murro no braço. O arguido fugiu em seguida.

Na noite de 19 de julho, ainda segundo a acusação do MP, para eliminar quaisquer provas ou testemunhas do crime anterior, bem como com o mesmo objetivo de furtar droga ou objetos de valor, “o arguido introduziu-se no interior da residência da vítima mais nova e dirigiu-se ao quarto deste, onde já se encontrava a arguida”.

Em conjunto, “desferiram 17 golpes de faca no corpo da vítima”, atingindo-o na cabeça, na face, no pescoço, no tórax e na região lombar, lesões “que lhe causaram a morte”.

Depois, dirigiram-se ao pai, que acordou com o ruído e deambulava pelo corredor da casa, tentando sair. O homem foi ferido com 24 golpes de faca na face, no tórax e no pescoço que foram fatais.

Para tentarem ocultar as provas e se desfazerem dos dois corpos, os arguidos atearam fogo a dois quartos da casa.

Ambos estão em prisão preventiva.

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