Nuno Rebelo de Sousa é arguido no inquérito ao caso das gémeas luso-brasileiras

19 jun, 17:46

Sobe assim para três o número de arguidos deste caso aberto na justiça após uma investigação da TVI/CNN. Além de Lacerda Sales, antigo secretário de Estado da Saúde, e do ex-diretor clínico do Santa Maria, Luís Pinheiro, o filho do Presidente da República é também formalmente suspeito

No e-mail enviado ao Parlamento, a que a TVI/CNN tiveram acesso, confirma-se que o filho do Presidente da República já prestou esclarecimentos ao DIAP (Departamento de Investigação e Ação Penal), orais e por escrito, via carta rogatória enviada para São Paulo, no Brasil, onde reside, no âmbito do processo que investiga alegados favorecimentos no tratamento das gémeas luso-brasileiras no hospital de Santa Maria, onde lhes foi administrado o então medicamento mais caro do mundo, no valor de quatro milhões de euros, caso que a TVI revelou em novembro.

Quanto ao pedido para ser ouvido na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), o Parlamento não aceitou os argumentos de Nuno Rebelo de Sousa para estar ausente.

Tal como a TVI/CNN avançaram na terça-feira, o filho do Presidente manifestou-se indisponível para prestar esclarecimentos em sede de inquérito parlamentar e remeteu os deputados para uma autorização do Ministério Público que diz já ter na sua posse todos os elementos que entregou à justiça.

Os deputados decidiram que Nuno Rebelo de Sousa vai ter de se apresentar perante a Comissão Parlamentar de Inquérito sob pena de o Parlamento ser forçado a apresentar queixa-crime por desobediência.

O advogado do filho de Marcelo, Rui Patrício, diz, porém, que ainda não recebeu "qualquer notificação". "Perante toda e qualquer eventual notificação eu e o meu constituinte analisaremos e tomaremos decisões, e responderemos diretamente e sempre às instituições, não publicamente", afirmou, questionado pela TVI.

No email enviado ao Parlamento, Nuno Rebelo de Sousa informa também que não se opõe a que a CPI tenha acesso aos esclarecimentos que prestou ao Ministério Público em maio, desconhecendo, porém, se o processo está sob segredo de justiça, uma vez que já pediu consulta ao mesmo por duas vezes e não obteve qualquer resposta do Ministério Público.

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