Cuidado Portugal, há uma máquina banalizadora à espera na meia-final e a culpa é da água que nasce para lá da fronteira

24 jun, 23:16
Albânia - Espanha (getty)

ALBÂNIA 0-1 ESPANHA || O dia em que nos despedimos da Albânia e em que começamos a relembrar do que fazia a Espanha em 2008, 2010 e 2012

Ó Luis, esta é a tua equipa B? A água espanhola tem propriedades que desconhecemos? O melhor

Espanha entrou nesta terceira jornada do Grupo B já qualificada em primeiro lugar para os oitavos de final. As mexidas no onze titular eram uma certeza quase absoluta, mas Luis de la Fuente foi mais além e optou por trocar todos, com exceção do defesa-central Laporte. E o resultado? Domínio absoluto mais uma vez, apesar da vitória pela margem mínima, frente a uma Albânia que empatou com a Croácia e que chegou a estar a ganhar à Itália do gigante Donnarumma. Parece que Luis de la Fuente tem a difícil tarefa de escolher 11 nomes aleatórios e, no fim, a Espanha domina. E isso, pode vir a ser um grande problema para Portugal, mas já lá vamos.

Esta noite, em Dusseldorf, não houve Nico Williams, Fabián Ruiz ou Pedri, mas houve Dani Olmo, Oyarzabal, Ferran Torres, Joselu e Grimaldo. Surgem dúvidas sobre o que se andará a fazer em Espanha para que haja tanta qualidade no banco de suplentes, talvez seja da água que nasce para lá de Vilar Formoso, talvez tenha propriedades mágicas, medicinais ou esotéricas que transformam um comum mortal numa máquina de dribles, remates colocados ou numa muralha defensiva. Apesar de tudo isso e do bom futebol, há um se não: voltou-se a notar, tal como no jogo com a Itália, a dificuldade espanhola de colocar a bola no interior da baliza adversária.

Albânia, quem te viu e quem te vê: o pior

Depois do que havia feito nas primeiras duas jornadas do Grupo B e tendo em conta a revolução do selecionador espanhol no onze titular, era de esperar que a Espanha tivesse alguma dificuldade em superar o conjunto albanês, mas não. Quem olha para as estatísticas até pode achar que este foi um jogo algo equilibrado, mas a Espanha conseguiu controlar durante praticamente os 90 minutos todos os lances de perigo, com exceção de um remate de fora de área. Fica a questão: o que aconteceu à ambição albanesa das duas primeiras jornadas, no jogo que daria a entrada nos oitavos de final?

David Raya brilhou ao voar para parar o tiro de fora de área de Asllani, aos 45+1', mas pouco mais lances de perigo albanês existiram. Este foi aliás o primeiro remate da Albânia. Agora, fica a dúvida: aconteceu algo à Albânia que foi a jogo com Croácia e Itália ou esta Espanha é realmente muito forte?

O magistral passe de Dani Olmo e o sangue frio de Ferran Torres: o melhor

Para além do controlo tático espanhol que neutralizou o potencial albanês, o melhor do jogo foi mesmo a jogada que termina no 1-0 para a Espanha. O passe de Dani Olmo é magistral, apanha a defesa albanesa em contrapé e Ferran Torres na cara do golo. O avançado do Barcelona não desperdiçou e colocou a bola no canto inferior esquerdo da baliza de Strakosha, que pouco ou nada podia fazer. De relembrar, mais uma vez, que estas são as segundas linhas da seleção espanhola.

Que passe soberbo de Dani Olmo e Ferran Torres finaliza com classe 🇪🇸#sporttvportugal #EUROnaSPORTTV #EURO2024 #Albania #Espanha #betano pic.twitter.com/w0OAI1TbfC

— sport tv (@sporttvportugal) June 24, 2024

Portugal, prepara-te a para a meia-final que eles estão brutos: a surpresa

Estes Grupo B tem uma particularidade: quem defronta a Espanha sai banalizado. Ora vejamos, no primeiro jogo o adversário da La Roja foi a Croácia que uma semana antes tinha vencido a Portugal por 2-1, foi completamente banalizada por Fabian Ruiz e os amigos, acabando a levar três. Depois, seguiu-se Itália, a atual campeã em título, que banalizada foi por Nico Williams e o menino Yamal, acabando por perder apenas 1-0, graças à exibição monumental de Donnarumma que evitou a humilhações. Esta noite, com 10 mexidas em relação ao último jogo - só restou mesmo Laporte -, a Albânia que havia surpreendido nos dois primeiros jogos abandonou o relvado como uma equipa banal e acessível à maioria das restantes seleções.

Têm dois planteis com qualidade muito acima da médio prepotência para banalizar adversários. Agora adivinhe: se tudo correr pelo melhor, quem está no caminho desta Espanha na meia-final? Se respondeu Portugal acertou e, com mais dois jogos em cima das pernas, esse será um jogo em que os suplentes poderão ser o fator diferenciador e que banco tem esta Espanha.

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