Advogado do Sporting: «Crimes não podem ficar impunes»

11 mar 2020, 17:50
15 de maio 2018, o dia que se escreveu a negro na história do Sporting e do futebol português. O ataque de umas dezenas de encapuzados à equipa na academia de Alcochete levou a um extremo impensável a situação em Alvalade. A rutura que se adivinhava, com a degradação da presidência de Bruno de Carvalho, ficou consumada com a destituição do presidente, as rescisões de vários jogadores e o clube dividido e mergulhado numa crise profunda.

Miguel Coutinho diz que clube leonino foi quem saiu mais prejudicado em todo o processo e diz que castigos devem ser exemplares

O advogado do Sporting afirmou que os crimes ocorridos a 15 e maio de 2018 na academia de Alcochete não podem ficar impunes e não poderão repetir-se.

«O ataque à academia foi um crime lesa-Sporting. Alcochete nunca mais! Os crimes não podem ficar impunes», disse Miguel Coutinho, que criticou a postura dos adeptos que invadiram o centro de treinos do clube leonino. «Nas mensagens de WhatsApp, os jogadores foram tratados como cromos de caderneta. 'Eu fico com o Acuña, tu com o Patrício, aquela com o Battaglia...'».

O representante do Sporting vincou que o clube leonino foi o mais prejudicado em todo este proesso, não obstante o facto de o Ministério Público, que solicitou a absolvição de Bruno de Carvalho, Mustafá e Bruno Jacinto, ter pedido penas não superiores a cinco anos para a maioria dos 41 arguidos acusados da autoria material.

Miguel Coutinho considerou que este caso deve servir de exemplo para que no futuro não se repitam situações do género. «O passado não pode ser alterado, mas o futuro fica nas vossas mãos», disse, referindo-se às setenças que serão proferidas pelo coletivo de juízes liderado por Sílvia Pires.

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