Kiev acalmou, mas Kharkiv, Mariupol e Kherson não têm tréguas: o dia 7 da guerra até agora

2 mar 2022, 12:00

Noite de bombardeamentos e paraquedistas russos a aterrar. Conflito na Ucrânia já dura há sete dias e o presidente dos Estados Unidos deixou, esta noite, um aviso a Putin: vai pagar "a longo prazo" pela invasão da Ucrânia. Forças Armadas ucranianas dizem que já morreram quase 6.000 russos. Desconhece-se o número de baixas do lado ucraniano

  • Ataques acalmaram em Kiev nas últimas horas. As tropas russas, que fazem parte da coluna militar de 64 quilómetros que se prepara para invadir a cidade, estão paradas há cerca de 24 horas por causa de "problemas logísticos básicos", como a escassez de alimentos e combustível, com algumas unidades a apresentarem o "moral em baixo".
  • Em Kharkiv, onde esta madrugada desembarcaram paraquedistas russos, os bombardeamentos não param e os ataques já fizeram, pelo menos, 4 mortos e 9 feridos, tendo sido resgatadas dos escombros dez pessoas. Pelo menos um prédio governamental foi alvo dos bombardeamentos 
  • Os militares russos pareciam ter tomado Kherson, uma cidade estrategicamente importante a norte da península da Crimeia. Informação que o ministro ucraniano da Defesa nega, dizendo que ainda decorrem combates.
  • Também as autoridades de Mariupol garantem que a cidade está sob controlo das forças ucranianas, apesar de as tropas russas estarem a bombardear alvos civis. Os ataques na cidade já fizeram 128 feridos.
  • O aviso vem pela voz de Biden: Putin pagará "a longo prazo" pela invasão da Ucrânia: "Ele não faz ideia do que está por vir".
  • O presidente da Ucrânia acusou a Rússia de querer "apagar a história" do país. O líder ucraniano, que voltou a apelar apoio à União Europeia, disse ainda que, em seis dias de guerra, foram mortos seis mil russos e acrescentou que o Kremlin não seria capaz de tomar o país com bombas e ataques aéreos.
  • O Ministério da Defesa da Rússia aconselhou os moradores de Kiev a fugir e disse que atacaria áreas não especificadas usadas pelos serviços de segurança e comunicações da Ucrânia. A Rússia continua a dizer que o ataque à Ucrânia é uma operação especial, não uma invasão em busca de território.
  • A China, que não se vai juntar aos Estados Unidos e à União Europeia nas sanções económicas aplicadas à Rússia, já fala em "guerra" e condenou os ataques russos a civis.
  • A Ucrânia vai receber drones vindos da Turquia e também armamento vindo por países do Ocidente para reforçar os militares que combatem as forças russas.
  • A Polónia já recebeu mais de 450 mil refugiados da Ucrânia. Só nas últimas 24 horas passaram a fronteira 98 mil pessoas, um número ligeiramente abaixo do registado na terça-feira, quando foi superior aos cem mil. O último balanço das Nações Unidas dá conta de 836.000 refugiados ucranianos em fuga desde que começou a invasão russa.
  • Os Estados Unidos fecharam o espaço aéreo a voos russos. No entanto, Nancy Pelosi diz que zona de exclusão aérea significaria a “Terceira Guerra Mundial”
  • Rússia e Ucrânia voltam a negociar esta quarta-feira. No entanto, o ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros já adiantou que a Rússia mantém as mesmas exigências em relação à Ucrânia e que nenhuma se alterou com o início da invasão ou das sanções. Por sua vez, o Embaixador da Rússia para as Nações Unidas afirmou que o governo de Putin não vê "nenhuma vontade da parte da Ucrânia" de tentar encontrar uma solução legítima e equilibrada.
  • As Forças Armadas ucranianas divulgaram números relativos às perdas russas e avançam que foram mortos 5.840 militares em combate. Desconhece-se o número de baixas do lado ucraniano.
  • Os Estados Unidos e outros estados membros da Agência Internacional de Energia (AIE) concordaram em libertar 60 milhões de barris de reservas de petróleo para compensar as interrupções no fornecimento.   

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