Voltou a estrelinha?
Não foi a melhor das exibições, mas o Sporting alcançou aquilo que mais desejava: a vitória e o regresso à liderança.
Os leões vão começar 2024 no topo da Liga, mas sofreram – e muito – para conseguir os três pontos frente a um Portimonense bem organizado. À exceção dos dois golos, os leões pouco mais criaram.
Amorim surpreendeu na escolha dos titulares, essencialmente pela aposta em Luís Neto para o eixo defensivo: depois da boa exibição frente ao FC Porto, Eduardo Quaresma era apontado ao 11.
No meio campo, Pote fez de Hjulmand e Paulinho foi a jogo para fazer companhia a Edwards e Gyokeres.
Os leões sabiam que estavam obrigados a ganhar e a verdade é que entraram melhor. Nos primeiros 10 minutos, o Portimonense raramente saiu do seu meio-campo defensivo.
Nuno Santos, na esquerda, era dos jogadores em maior evidência, mas os leões, apesar da hegemonia na posse de bola, não conseguiam criar reais chances de golo.
Esse foi, aliás, o condão de toda a primeira parte: o Sporting fez três remates, mas nenhum enquadrado com a baliza de Vinicius.
Outro sinal do fraco primeiro tempo dos leões foi a sucessão de cantos de que o Sporting dispôs… nenhum sem perigo.
Já os algarvios, depois da entrada tímida, conseguiram equilibrar o jogo – e foram espreitando, aqui e ali, a sua sorte, como comprovou o remate perigoso de Guga, ao minuto 27, que saiu por cima da baliza de Adán.
Amorim sabia que tinha de fazer diferente – para o segundo tempo, o treinador dos leões fez entrar Eduardo Quaresma para o lugar de Neto que já estava amarelado.
À semelhança do primeiro tempo, no segundo os leões voltaram a entrar melhor… mas, desta vez, conseguiram materializá-lo em lances de perigo.
Depois das ameaças de Morita (47m) e Paulinho (49m), o golo chegou mesmo, por intermédio do suspeito do costume.
Viktor Gyokeres aproveitou um bom cruzamento de Pote, desmarcou-se nas costas dos centrais do Portimonense à, ponta de lança, encostou para o golo.
Para o Sporting, o mais difícil parecia estar feito. Só que, na primeira aproximação à baliza adversária na segunda parte, o Portimonense havia de conseguir empatar.
Gyokeres, que há minutos tinha feito o golo, falhou a marcação a Relvas e o central dos algarvios aproveitou o livre batido por Carlinhos para cabecear para o fundo das redes de Adán.
O futebol tem destas coisas: corria o minuto 79, o jogo estava empatado e o Portimonense tinha acabado de desperdiçar uma ocasião soberana, por Hélio Varela, só com Adán pela frente.
No minuto a seguir, na outra área, Morita cruzou e Paulinho, de calcanhar, apontou o golo da noite.
Até ao final, Adán e Hélio Varela ainda repetiram o duelo, com o guarda-redes do Sporting a levar a melhor e a segurar estes três importantes pontos.
A estrelinha – que tão famosa ficou na época do título – parece estar mesmo de volta.
