Agostinho e o pós-Mundial: «A qualidade está cá, é preciso recuperá-la»

4 set 2002, 16:41

Retomar «um percurso mais sinuoso do que pensávamos» O novo seleccionador acha que o jogo com a Inglaterra até vem em boa altura para acelerar o «luto» pelo fiasco da Coreia.

Renovação e recuperação de confiança são dois capítulos distintos no programa de trabalho de Agostinho Oliveira. O seleccionador interino não tem dúvidas de que o Mundial deixou marcas, mas considera que há boas condições para estas serem ultrapassadas: «Temos de dar uma imagem diferente da que deixámos no último Mundial, não pela valia das pessoas, mas por circunstâncias diferentes, que não correram bem», começou por referir.

O técnico federativo considera que este pimeiro jogo até pode surgir num momento psiologicamente favorável, uma vez que os consagrados vêm com algo a provar, e os novos valores querem agarrar a oportunidade agora concedida: «Também há quem defenda que vamos trabalhar com um grupo fragilizado, que se interroga e que está afectado na confiança, mas eu entendo que a primeira atitude é a correcta e que temos condições para tentar superar o que não correu bem».

E Agostinho Oliveira recorre ao passado recente para fundamentar o seu optimismo: «Este é o primeiro jogo pós-Mundial e claro que tenho um discurso preparado para fazer sentir aos jogadores que é preciso prosseguir o caminho. Se quisermos fazer um exercício de inteligência, basta rever o percurso de qualificação até ao Mundial, recordar que a Selecção funcionou bem, em todos os sectores, e com bons resultados. A qualidade está cá, agora é preciso recuperá-la, assumir que tivemos recentemente um percurso um bocado mais sinuoso do que esperávamos mas que continuámos a ter objectivos por atingir».

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