Foi a condição física de Portugal que falhou? O que diz Bento

Selecionador fala das lesões e volta a reclamar responsabilidades para si

Paulo Bento tenta explicar as muitas lesões com a seleção nacional e defende que não têm a ver com desgaste. Também evita atribuir à condição física as exibições frente a Alemanha e EUA no Mundial 2014.

«Na questão das lesões, a falta de ritmo competitivo só pode ser aplicada ao caso do Hélder. De resto, o Hugo acabou a época a competir, o André e o Rui também. Em relação ao Hélder, não temos a certeza de que seja grave, começou a sentir que algo podia acontecer e decidimos tirá-lo», afirmou o selecionador na conferência de imprensa após o 2-2 com os EUA: «As lesões não aparecem todas pelo mesmo motivo, algumas devem-se a gestos mal executados ou falta de coordenação. Se repararam, algumas das nossas lesões surgiram em fases iniciais do jogo, não têm a ver com desgaste. Mas obviamente que duas substituições forçadas ao intervalo nos limitaram a gestão.»

A uma pergunta do Maisfutebol sobre se foi por uma questão de condição física que as coisas falharam, o selecionador respondeu assim: «Os processos não são isolados. O físico é importante, mas o mental e o tático também. Não me parece possível comparar os dois jogos, essencialmente porque num deles jogamos em inferioridade numérica desde os 38 minutos. Aqui, com 11 contra 11, e com algumas condicionantes, optámos por uma estratégia de não pressionar tão em cima, como os EUA também não o fizeram. Há outros fatores que influenciam o jogo, mas devo realçar o mental, dado que ainda tivemos capacidade de reagir para chegar ao empate. O 2-2, que é justo, deixa-nos numa situação extremamente delicada.»

«Estamos todos com uma tristeza enorme, se as críticas têm de surgir, têm de surgir para o treinador. Perdemos uma grande oportunidade para depender de nós, por questões coletivas e não individuais», concluiu.