Seis maneiras como os países da NATO estão a ajudar a Ucrânia nos bastidores da guerra

27 fev 2022, 02:33
Criança durante manifestação pela Ucrânia (Getty Images)

O que está a ser feito: desde as sanções a Putin ao envio de armamento

No final do primeiro dia da invasão russa à Ucrânia, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky falou ao país e, num discurso bastante crítico, lamentou que a comunidade internacional não tenha dado a resposta no terreno que esperava. Zelensky perguntou e respondeu: “Quem está pronto para lutar connosco? Não vejo ninguém”. Talvez não no teatro de operações, mas multiplicaram-se as ajudas nos bastidores.

1. Sanções a Putin

Os países da NATO reuniram-se para decidir quais as punições a tomar contra o presidente russo Vladimir Putin. Avisaram que a Rússia sofreria consequências e cumpriram. À medida que o conflito foi escalando, também as medidas têm vindo a aumentar.

O principal objetivo destas sanções (pode ver AQUI o resumo das sanções) é atingir os sectores financeiros, energéticos e os transportes, assim como incluir os controlos na exportação e proibir os financiamentos comerciais.

As sanções procuram também limitar o acesso da Rússia a tecnologias sensíveis, bem como a componentes e equipamentos aeronáuticos.

Este sábado, a presidente da Comissão Europeia anunciou a "exclusão de sete bancos russos do sistema SWIFT" (pode ver AQUI o que é o SWIFT) e disse que alguns oligarcas russos vão ficar proibidos de usar os seus ativos nos mercados europeus. Von der Leyen adiantou também que outra sanção passa por impedir que Putin utilize os bens e que irá paralisar o Banco Central Russo, tornando impossível que o Banco Central liquide ativos. O Reino Unido, fora da UE mas pertencente aos 27 da NATO, bloqueou o acesso russo ao sistema SWIFT.

2. Abrir os braços (e as fronteiras) aos ucranianos

Começou com uma mensagem do primeiro-ministro português, António Costa, que se estendeu ao ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva. António Costa disse que os familiares e amigos da comunidade ucraniana residente em Portugal são “bem-vindos” ao país. O primeiro-ministro garantiu que as embaixadas estão disponíveis para dar vistos aos ucranianos que se queiram refugiar em Portugal "e que assumirá toda a responsabilidade de proteção internacional". Também a Polónia, por exemplo, um dos países que fazem fronteira com a Ucrânia, facilitou a partir deste sábado a entrada das pessoas e animais no país.

3. SEF suspende vistos gold para cidadãos russos

O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) suspendeu a apreciação de candidaturas para autorização de residência e investimento para cidadãos russos, avançou este sábado o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, à CNN Portugal.

"O SEF já suspendeu a apreciação de qualquer dossiê de candidatura para autorizações de residência para investimento - vulgo vistos gold - de cidadãos russos", declarou Santos Silva.

4. Armamento

Com a escalada do conflito e a disparidade de armamento entre russos e ucranianos, a União Europeia decidiu facilitar a entrega de armamento à Ucrânia. Charles Michel, presidente do Conselho Europeu, adiantou que a UE vai proceder a ajuda militar. A Alemanha e Portugal, por exemplo, também anunciaram o envio de armamento. 

5. Encerramento do espaço aéreo

Outra medida de retaliação pela invasão russa foi o encerramento dos espaços aéreos por parte de muitos países europeus.

Até às 16h00 deste domingo, a lista de países a banir voos russos contava com Alemanha, Bélgica, Bulgária, Dinamarca, Eslovénia, Espanha, Estónia, Finlândia, França, Irlanda, Islândia, Itália, Letónia, Lituânia, Macedónia do Norte, Moldávia, Noruega, Países Baixos, Polónia, Portugal, Reino Unido, República Checa, Roménia, Suécia e Áustria.

6. Doações online

Quase desde o primeiro momento que se multiplicaram angariações de fundos online de forma a ajudar a população ucraniana. A CNN Portugal fez o levantamento de algumas delas

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