Mil armas antitanque e 500 mísseis: Alemanha envia armamento à Ucrânia

Rafaela Laja , com Lusa
26 fev 2022, 20:04

É uma mudança naquilo que tem sido a política alemã perante a invasão russa à Ucrânia

A Alemanha anunciou este sábado que vai fornecer "armamento defensivo" à Ucrânia. Em causa estão 1.000 armas antitanque, 500 mísseis antiaéreos e munições, avança o governo alemão, numa altura em que as forças russas continuam a atacar Kiev e outras cidades ucranianas.

Esta decisão marca uma rutura política e surge depois de Berlim ter sido fortemente criticada nas últimas semanas pelas autoridades ucranianas por se recusar a entregar armas a Kiev.
 
"A invasão da Rússia marca um ponto de viragem. É o nosso dever fazer o melhor que conseguimos para ajudar a Ucrânia a defender-se contra o exército de Putin", afirmou o chanceler alemão, Olaf Scholz.

The Russian invasion marks a turning point. It is our duty to support Ukraine to the best of our ability in defending against Putin's invading army. That is why we are delivering 1000 anti-tank weapons and 500 #Stinger missiles to our friends in #Ukraine.

— Bundeskanzler Olaf Scholz (@Bundeskanzler) February 26, 2022

O Governo alemão tem-se defendido com base na política restritiva seguida pelo país desde o pós-guerra, proibindo as exportações de equipamentos "letais" para zonas de conflito.

Algum deste equipamento militar será entregue à Ucrânia pelos Países Baixos e outro pela Estónia, que o adquiriram à Alemanha e precisavam de luz verde de Berlim para poder reexportá-lo para Kiev, explicou uma fonte governamental citada pela agência France-Presse.

O governo alemão anunciou também o envio para a Ucrânia de 14 veículos blindados, bem como de 10.000 toneladas de combustível, que serão entregues "via Polónia".

"Outras medidas de apoio estão neste momento a ser estudadas", disse a fonte governamental. "Após o vergonhoso ataque da Rússia, a Ucrânia deve defender-se, tem um direito fundamental de se defender e o governo alemão apoia-o", tinha dito anteriormente a ministra dos Negócios Estrangeiros, Annalena Baerbock, em comunicado.

Relacionados

Europa

Mais Europa

Patrocinados