Portugal envia equipamento militar para "apoiar a Ucrânia a defender-se contra a invasão injustificada, ilegal e inaceitável pela Rússia"

CNN Portugal , com Lusa
27 fev 2022, 00:34
João Gomes Cravinho

Portugal vai enviar equipamento militar para a Ucrânia, nomeadamente espingardas G3, coletes, capacetes ou granadas, informou no sábado à noite o Ministério da Defesa Nacional. Numa curta nota enviada às redações sobre o apoio à Ucrânia, o ministério refere que, “a pedido das autoridades ucranianas, Portugal irá disponibilizar equipamento militar”.

O ministro da Defesa Nacional afirmou este domingo que Portugal apoia a Ucrânia na sua defesa contra a invasão russa, após o seu ministério ter anunciado a disponibilização de equipamento militar, armas e munições ao governo de Kiev.

No Twitter, João Cravinho referiu que Portugal "apoia a Ucrânia a defender-se contra a invasão injustificada, ilegal e inaceitável pela Rússia", num momento em que Kiev está sob ataque das forças russas e que foram relatadas várias explosões num aeroporto e numa refinaria em Vasylkil, a 30 quilómetros da capital ucraniana.

 

 

A pedido das autoridades ucranianas, o Ministério da Defesa Nacional anunciou, em comunicado, durante a noite deste sábado, que o governo vai disponibilizar "equipamento militar como coletes, capacetes, óculos visão noturna, granadas e munições de diferentes calibres, rádios portáteis completos, repetidores analógicos espingardas automáticas G3".

Para além do ataque ao aeródromo militar, vários tanques de petróleo foram atingidos, levando a um incêndio e várias explosões. As imagens que chegam de Kiev mostram intensos clarões em dois aeroportos de Kiev de acordo com a reportagem do enviado especial da CNN Portugal, Pedro Mourinho. 

Na mesma linha, esta sexta-feira, o primeiro-ministro, António Costa, anunciou que a NATO decidiu de forma unânime "reforçar" a sua presença militar junto às fronteiras da Ucrânia e que Portugal vai antecipar o envio de uma companhia de infantaria para a Roménia, prevendo que tal ocorra já "nas próximas semanas". A companhia será composta por 174 militares. “Portugal, além das forças que este ano tem afetas ao comando europeu da NATO, decidiu antecipar do segundo semestre já para o primeiro semestre a mobilização e o empenho de uma companhia de infantaria que atuará na Roménia e que será projetada nas próximas semanas”, avançou o primeiro-ministro, em conferência de imprensa.

Também a Bélgica, os Países Baixos, a França e a República Checa, entre outros, também anunciaram entregas de armas e combustível às forças ucranianas, respondendo aos pedidos de ajuda de Kiev.

Berlim anunciou que a Alemanha tinha decidido entregar "o mais rapidamente possível" à Ucrânia mil lança-roquetes e 500 mísseis terra-ar do tipo 'Stinger' para ajudar o país a defender-se da invasão militar da Rússia, uma decisão que foi saudada pelo Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

O Governo alemão anunciou também o envio para a Ucrânia de 14 veículos blindados, bem como de 10.000 toneladas de combustível, que serão entregues "via Polónia". "A defesa europeia está em ação para apoiar a Ucrânia, (nós) facilitaremos a entrega de ajuda militar", disse na rede social Twitter Charles Michel, presidente do Conselho Europeu (órgão que representa os Estados-membros).

 

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