"O trabalho primordial da polícia é olhar pelas pessoas". O lembrete de Montenegro na tomada de posse de Luís Carrilho como Diretor Nacional da PSP

10 mai, 10:48

Luís Carrilho sucede a Barros Correia e garante contar "com todos" para "a proteção e a segurança da população"

O novo diretor Nacional da Polícia de Segurança Pública, Luís Carrilho tomou, esta sexta-feira, posse no Ministério da Administração Interna, numa cerimónia que contou com a presença da ministra da Administração Interna e o primeiro-ministro Luís Montenegro.

No discurso após a tomada de posse, Montenegro colocou a tónica na segurança nacional, não sem antes agradecer ao superintendente Barros Correia e enaltecer o novo diretor Nacional da PSP em quem, garante, deposita "toda a confiança".

"Em primeiro lugar deixar uma palavra de reconhecimento e gratidão ao Superintendente Chefe José Barros Correia, que hoje cessa funções, pelo trabalho que desenvolveu ao longo de toda uma carreira, mas nos últimos anos à frente da Polícia de Segurança Pública, de dedicação, de entrega a esta causa e de dignificação dos valores da segurança e dos valores da Polícia de Segurança Pública em particular. E uma palavra de felicitação ao Superintendente Luís Carrilho, que agora assume funções como Diretor Nacional da Polícia de Segurança Pública", afirmou.

Lembrando que Luís Carrilho tem, também ele, "uma longa carreira no seio da Polícia de Segurança Pública, ao serviço de Portugal, em muitas missões dentro do nosso espaço territorial e em muitas missões também além-fronteiras, em representação do nosso país em organizações internacionais", Montenegro garantiu que, por isso, lhe é reconhecida "grande capacidade" para o "novo ciclo da Polícia de Segurança Pública em Portugal".

"O trabalho primordial da Polícia é olhar pelas pessoas, é olhar pela ordem pública, pela segurança de pessoas e bens, mas sempre com uma preocupação com aqueles que enfrentam dificuldades, com aqueles que se encontram numa situação de especial vulnerabilidade, com aqueles que precisam efetivamente que os poderes públicos, o poder do Estado, possam estar presentes quando essa situação de vulnerabilidade está mais iminente", reiterou, com desejos de boa sorte.

Depois de enaltecido o novo diretor Nacional e do "registo de confiança para esta nova etapa", o primeiro-ministro lembrou ainda que "a segurança é, de resto, o esteio principal da nossa liberdade".

"É a partir da segurança que nós podemos exercer, os nossos direitos, que nós podemos caminhar nas nossas vidas com o espaço de podermos escolher ser aquilo que queremos ser e podemos fazer aquilo que queremos fazer. A segurança é um elemento fundamental da organização do Estado e da organização da nossa sociedade. E a segurança é, por isso, um elemento primordial no Estado de Direito, um elemento primordial no Estado Social", afirmou, lembrando ainda que, "no caso em particular de Portugal", a segurança "é objetivamente um fator de competitividade social, social e também económica".

"Conto com todos"

Luís Carrilho falou antes do primeiro-ministro discursar e as suas primeiras palavras enquanto diretor Nacional foram para a PSP e para o "camarada" Barros Correia, a quem agradeceu "a confiança" pela nomeação para comandante da Unidade Especial de Polícia, assim como "todo o seu empenho e dedicação no cargo de Diretor Nacional e também pela sua brilhante carreira, pelo brilhantismo e humanismo que nos trouxe".

Depois, numa nota pessoal e de voz embargada, o novo Diretor Nacional agradeceu à família. "Aos que já partiram, o meu pai, o subchefe principal, Miguel Carrilho, e à minha mãe, Fernanda, à minha família, aqui presente hoje, à minha mulher, Fátima, e às minhas filhas, Sara e Marta, pela presença neste teatro solene e, acima de tudo, pelo seu permanente e imprescindível apoio. Estiveram sempre a meu lado, em Portugal e no estrangeiro. A credibilidade da minha nomeação também lhes, também vos pertence".

Perante Margarida Blasco e Luís Montenegro, o superintendente Carrilho garantiu que vai dar o seu "melhor para acrescentar valor na vida das pessoas da Polícia de Segurança Pública, tanto ao nível profissional como social".

"Poderemos, assim, contribuir para o fortalecimento da nossa sociedade, para o fortalecimento do cumprimento da nossa missão. É uma honra servir Portugal na Polícia de Segurança Pública e contribuir na área da Segurança Pública para que o nosso país seja e continue a ser um dos mais seguros do mundo. Podem contar com a minha total lealdade e dedicação. A missão da nossa instituição continuará a ser sempre, sempre, a proteção e a segurança da população", afirmou, dizendo que podem contar consigo e que conta "com todos".

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