Reconhecimento da Palestina rejeitado na AR

BE e PCP queriam fazer aprovar uma recomendação ao Governo para aprovação do Estado da Palestina, mas os partidos da coligação não deixaram

O Parlamento aprovou estas sexta-feira um voto do PS de «congratulação» pelas negociações israelo-palestinanas e reprovou recomendações ao Governo sobre a mesma matéria diplomática provenientes do Bloco de Esquerda e PCP.

A resolução dos socialistas - que se assumiu como estando na linha da posição diplomática da União Europeia para a abertura imediata de negociações entre Israel e Autoridade Palestiniana -teve os votos contra do PCP, Bloco de Esquerda e Partido Ecologista Os Verdes.

CDS e PSD abstiveram-se perante o voto do PS por considerarem «precipitada» a posição dos socialistas, num momento em que o resultados do processo negocial «ainda conhece muitos ses», escreve a Lusa.

Na justificação do voto do PS, o vice-presidente desta bancada António Braga referiu que Portugal é membro não permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, razão pela qual terá um papel especial nesta questão do Médio Oriente.

António Braga disse que o PS pretende «incentivar» o Governo a assumir «uma posição prudente» sobre o processo de criação do Estado Palestiniano, apoiando ao mesmo tempo os esforços da União Europeia para ter uma posição única.

Já os diplomas apresentados por PCP e Bloco de Esquerda, visando levar o Governo português a reconhecer já o Estado da Palestina, foram rejeitados pelo PSD, PS e CDS.

No entanto, em relação à recomendação do PCP, a deputada independente dos socialistas Isabel Moreira votou ao lado de comunistas, bloquistas e Os Verdes, registando-se ainda na bancada do PS as abstenções de Eduardo Cabrita, Ana Paula Vitorino, João Galamba, Idália Serrão e Duarte Cordeiro.

Na recomendação do Bloco de Esquerda, seis deputados socialistas não seguiram o voto contra da sua bancada e optaram pela abstenção: Eduardo Cabrita, Ana Paula Vitorino, Isabel Moreira, João Galamba, Idália Serrão e Duarte Cordeiro.