"O próximo primeiro-ministro vai ser de Aveiro". Pedro Nuno lembra que "só um não trocou a sua terra"

8 mar, 00:25
Pedro Nuno Santos em Aveiro (Lusa)

A jogar em casa, Pedro Nuno Santos quer mostrar a Montenegro que "não trocamos as nossas terras". Tem um convidado de honra, António Vitorino, que vem apontar o PS como "o voto seguro" e dar o "Óscar" a São João da Madeira. No distrito, quem fica a perder é Espinho. Para o candidato, é hora de "agradecer a quem decidiu", porque são eles quem pode convencer quem ainda está indeciso

Pedro Nuno quer jogar em casa no penúltimo dia de campanha. A noite é de comício. E de vincar as raízes: "se o próximo primeiro-ministro vai ser de Aveiro, só um não trocou a sua terra por Lisboa".

"Não trocamos as nossas terras". Uma resposta a Luís Montenegro, que é de Espinho, no mesmo distrito, mas que se candidata como cabeça de lista por Lisboa. Já Pedro Nuno Santos é natural de São João da Madeira.

E é essa diferença que António Vitorino, ex-ministro da Defesa e ex-diretor-geral da Organização Internacional para as Migrações, convidado de honra nesta iniciativa socialista, faz questão de vincar, porque, depois de outras zonas do país, "chegou a hora de ter um primeiro-ministro de Aveiro".

"Que me perdoem os camaradas de Espinho. Mas como dizem nos Óscares: "The winner is São João da Madeira", diz.

Comício em Aveiro com forte mobilização (Lusa)

"Agradecer a quem decidiu"

Em casa, Pedro Nuno Santos repete o apelo aos que votaram no PS em 2022, numa tentativa de captar indecisos, e aproveita para "agradecer a quem decidiu", convidando-os a ajudar na mobilização. Foca-se nos reformados, nas mulheres e nos jovens.

O candidato lembra que o SNS "não é uma construção liberal" e insiste nos cortes nas pensões que a direita fez no passado: "foi com convicção que fizeram cortes e tentaram fazer ainda mais". Para garantir que a solução não está na Aliança Democrática (AD) "nem nos seus parceiros mais ou menos envergonhados".

E acena também aos trabalhadores: "os salários não aparecem só na campanha, nós praticamos o aumento salarial".

Novo apelo ao voto aos reformados, mulheres e jovens (Lusa)

Uma arruada que dá ânimo

À entrada do comício em Aveiro, Pedro Nuno Santos mostra-se animado, após a mobilização conseguida na arruada na Rua de Santa Catarina, no Porto, esta tarde. "Viram a arruada em Santa Catarina? A nossa e a deles? Viram a diferença? Percebem com quem está o povo português?", compara.

Na entrada em palco, desafiado pelos apoiantes a saltar, o candidato ainda resiste. "E salta, Pedro, e salta Pedro". E ele lá salta. Mas com um receio: "isto vai dar meme".

Arruada no Porto dá novo ânimo ao candidato (Lusa)

António Vitorino: "O voto seguro é no PS"

Em Aveiro, o convidado de honra é António Vitorino, que, para elogiar o líder socialista, lembra que desempenhou um papel semelhante ao de Pedro Nuno Santos na geringonça, quando na década de 1980 foi secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares no governo de bloco central.

"Estes não são tempos para dar tiros no escuro, para fazer apostas em que não tem experiência governativa", diz. Para garantir que "o PS é o voto seguro".

António Vitorino fala aos indecisos e aos descontentes, lembrando que "a abstenção é uma desistência da democracia". "A democracia é um sistema aperfeiçoável na liberdade, se exercermos o nosso direito de voto", remata.

Já a quem está a pensar num voto de protesto, avisa que "a eficácia do voto de protesto esgota-se no preciso momento em que ele é feito na cabine de voto, não há nenhuma energia construtiva".

António Vitorino lembra que também já teve de negociar como secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares (Lusa)

Relacionados

Partidos

Mais Partidos

Patrocinados