Pedro Nuno Santos volta a apelar no voto útil no PS e culpa governo de Passos por atrasos na habitação pública

4 mar, 17:48
Pedro Nuno Santos em Anadia (Lusa)

Em Anadia, o secretário-geral do PS disse que o país hoje estaria "melhor" se o antigo governo de direita tivesse investido na habitação pública. Para travar

O secretário-geral do PS Pedro Nuno Santos apelou ao voto útil e culpou o governo de Pedro Passos Coelho pelos atrasos nas obras para habitações públicas.

"É normal que eu apele ao voto no PS. Estamos na reta final de uma campanha. Se o povo portugues não quiser acordar no dia 11 [de março] com um governo da AD tem de votar num governo do PS. O que apelo é à concentração de votos no meu partido. O principal adversário do PS é a AD e a forma de derrotar a AD é votar no PS", afirmou em Anadia.

De manhã, numa viagem de comboio entre Marco de Canaveses e o Porto, Pedro Nuno Santos já tinha apontado nesse sentido: "Aquilo que interessa é concentrarmos os votos no PS e garantirmos que o PS ganha. Quem quer travar o regresso da direita ao poder e o regresso ao passado deve concentrar o seu voto no PS. Peço a todos os indecisos que votem no PS"

À tarde, o candidato socialista a primeiro-ministro visitava obras de habitações apoiadas pelo Plano de Recuperação e Resiliência. Questionado sobre se o número crescente de pessoas sem-abrigo e desalojadas não é uma falha sua enquanto ex-ministro com a pasta da Habitação, atirou à direita.

"Se esse trabalho tivesse sido iniciado pelo governo da PAF, do PSD e do CDS, nós hoje estaríamos melhor. Como teve de ser iniciado por nós, as inaugurações vão ser mais tarde do que nós desejaríamos", reagiu. Em causa está o governo liderado por Pedro Passos Coelho.

Ainda assim, não deixou de admitir a culpa de antigos governos socialistas nesta matéria, já que "infelizmente, durante décadas, achou-se que o mercado trataria de resolver o problema da habitação".

"Temos muitos problemas, não escondermos isso. Temos de continuar a dar respostas", reforçou.

Junto ao estaleiro visitado por Pedro Nuno Santos, que dedicou a manhã à ferrovia, encontravam-se cartazes de protesto contra o TGV. "Fazem parte, isso já tinha acontecido quando se fez a autoestrada, a exigir um nó", afirmou em Anadia.

"A linha de alta velocidade é um dos investimentos mais estruturantes para o desenvolvimento nacional", disse. Por isso, "não se pode parar" o seu avanço.

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