"Não são uma nota de rodapé nos discursos do PS, não são acessório". Pedro Nuno focado nas mulheres para ganhar votos

7 mar, 16:28
Pedro Nuno Santos em Marco de Canaveses (Lusa)

As mulheres fazem parte da "maioria invisível" que votou no PS em 2022 que Pedro Nuno Santos espera mobilizar. No Marco de Canaveses, Francisco Assis definiu o candidato como alguém "leal" mas que "nunca foi subserviente", com uma "voz incómoda"

O secretário-geral do PS Pedro Nuno Santos deixou esta quinta-feira, o penúltimo dia de campanha, um apelo ao voto das mulheres no PS, reconhecendo que há "muito trabalho" para garantir a igualdade.

Num almoço-comício no Marco de Canaveses, Pedro Nuno Santos lembrou que neste dia se assinala o dia nacional de luto contra a violência doméstica.

“As mulheres não são uma nota de rodapé nos discursos do PS, não são acessório para as campanhas. São o centro da nossa intervenção política por respeito”, afirmou, numa resposta ao presidente do PSD, Luís Montenegro, que introduziu o discurso sobre as mulheres na véspera.

Almoço-comício no Marco de Canaveses antes da arruada de Santa Catarina no Porto (Lusa)

Pedro Nuno Santos já tinha vincado o papel das mulheres durante uma arruada e no discurso em Gondomar durante a manhã, incluindo-as na "maioria invisível" a quem pediu o voto no PS, depois da confiança depositada no partido em 2022. Tem feito este apelo às mulheres ao longo dos últimos dias, lembrando o seu papel no mundo do trabalho mas também no cuidado dos mais frágeis.

“A maioria esmagadora das mulheres cuida das nossas crianças, dos mais idosos e das pessoas com deficiência. É preciso valorizar as mulheres. Na hora de progredir na carreira, as mulheres ficam para trás e os homens seguem caminho. As mulheres não são um acessório no nosso discurso, nós não falamos porque um assessor nos disse que era para se falar”, declarou.

E reforçou: "Há muito caminho a fazer para as mulheres e com as mulheres em Portugal. No dia 10 de março também vamos votar a forma como vemos as mulheres em Portugal."

Assis: Pedro Nuno "nunca foi subserviente" e teve "voz incómoda no PS"

Assis é cabeça de lista pelo Porto (Lusa)

Francisco Assis, cabeça de lista pelo Porto, aproveitou o almoço-comício no Marco de Canaveses para elogiar os traços de personalidade de Pedro Nuno Santos, destacando a sua "frontalidade", "coragem", "determinação" e "decência".

"Foi sempre leal, mas nunca foi subserviente. Esteve sempre com o PS, mas por vezes a sua voz foi incómoda", lembrou Assis, uma das vozes mais críticas da geringonça de António Costa, onde o candidato era o principal mediador.

Francisco Assis disse esperar que esta seja a "primeira" de "muitas" campanhas que fazem em conjunto. E, apesar de reconhecer as dificuldades do secretário-geral do PS durante estas semanas no terreno, destacou um feito: "Conseguiu uma coisa que provavelmente mais ninguém conseguiria nas atuais circunstâncias: mobilizar o povo do PS e a esquerda democrática em Portugal."

Houve também margem para um ataque à Aliança Democrática: "Quem fez o discurso do medo foram os nossos adversários. Nós fizemos sempre o discurso de confiança, esperança, voltado para o futuro." No discurso, Assis toma o lema do clube de hóquei da terra para o PS: "Lutar sempre, desistir nunca."

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