Portugal quer políticas europeias para juventude

16 set 2007, 20:35

Que influenciem políticas sectoriais, como cultura, educação, emprego ou formação

O ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, defendeu hoje, em Lisboa, que as políticas europeias dirigidas para os jovens devem influenciar as políticas sectoriais, como as da cultura, educação, emprego ou formação.



Falando aos participantes do Evento Juventude, uma reunião organizada a cada seis meses no país que preside à União Europeia, o governante referiu que a política de Juventude deve deixar de ser encarada apenas como iniciativas de animação e actividades juvenis para passar a «influenciar de forma concreta e relevante as diferentes políticas públicas que interessem à juventude».



Face a directrizes comuns, nomeadamente nas áreas económica e relações externas, o ministro quer também que existam politicas eficazes e operacionais para a juventude ao nível dos 25, assim como que sejam aplicados os mecanismos europeus de avaliação e monitorização já existentes em políticas especificamente vocacionadas para as gerações mais novas.



Com esta reunião em Lisboa e o próximo Conselho informal de Ministros da Juventude, a decorrer em Novembro, o governante está convencido que está lançada a semente para a concretização de um novo plano de acção europeu para a juventude, no qual «não se repitam apenas slogans políticos, mas que haja uma política efectiva e consequente».



O objectivo último da colaboração prevista entre organizações juvenis e as instâncias europeias é que os «jovens deixem de ser apenas destinatários, para também serem agentes da política da juventude».



Para exemplificar a importância dos jovens na sociedade, o ministro garantiu que a modernização do país, reflectida nomeadamente no elevado número de contribuintes que apresenta a sua declaração de impostos pela Internet, se deve às gerações mais novas que influenciam as outras na área dos sistemas de informação.



«São os filhos que estão a ensinar os mais a promover o uso das novas tecnologias», afirmou.



Da parte da Comissão Europeia também foi feito eco da importância da necessidade de integrar os jovens nas discussões.



O Comissário Europeu para a Educação, Formação, Cultura e Juventude, Jan Figel, referiu que depois da Estratégia de Lisboa, elaborada em 2000 para definição da política social, a capital portuguesa poderá voltar a ser um marco para a política da juventude com «talvez um Tratado de Lisboa».



O responsável sublinhou ainda a necessidade de adaptar a Estratégia de Lisboa aos jovens, lembrando que muitos dos problemas relacionados com a educação e o trabalho são comuns a vários países da União Europeia.



Para Figel, deve agir-se com responsabilidade e com respostas específicas. «Deve ajudar-se as pessoas a ajudarem-se a si próprias, através de numa parceria mais forte entre as instituições e os jovens e as suas associações, disse.



«A partir de agora entrou-se numa nova fase e o passo mais lógico a tomar é conseguir verdadeiras parcerias nas políticas a adoptar um diálogo estruturado, assim como monitorizar o progresso que possa haver. Temos que criar uma cultura de volta para avaliar se as responsabilidades foram cumpridas», defendeu o comissário.

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