O líder da IL caracteriza o partido como o único que tem uma "visão completamente diferente dos outros partidos, que têm, todos, mais ou menos, uma visão estatista, de dependência do Estado"
Rui Rocha disse este sábado que a Iniciativa Liberal (IL) não disputa o campeonato das promessas eleitorais e quer mostrar aos portugueses que o país pode ser transformado de maneira diferente e para melhor.
Em Coimbra, em declarações aos jornalistas antes de iniciar a reunião do Conselho Nacional, o dirigente salientou que a comunicação da IL para as próximas eleições legislativas de 10 de março “é muito fundada nas visões estruturais para o país” e não de momento.
“Ao contrário de outros [partidos], não estamos na luta de conquista de votos pelo imediatismo, mas na conquista de votos pela transformação de Portugal, que é o nosso horizonte”, sustentou Rui Rocha.
O dirigente enfatizou que a IL não está “no campeonato das promessas de atirar tudo a todos, mas no campeonato de mostrar aos portugueses como o país pode ser diferente e tão melhor”.
Salientando que os liberais apostam em reformas estruturais que evitem a emigração dos jovens, os baixos salários e o mau funcionamento dos serviços públicos, Rui Rocha apontou, por exemplo a “visão estrutural” para o setor da saúde, baseada nas melhores soluções da Europa.
“Temos uma visão estrutural para a saúde, porque entendemos que já não é possível fazer remendos no que temos atualmente, que está numa situação tão má, tão degradada, que temos mesmo de fazer uma reforma estrutural, para a qual desafio os portugueses a acompanhar as nossas propostas”, desafiou.
A característica que marca a IL “é a visão completamente diferente dos outros partidos, que têm, todos, mais ou menos, uma visão estatista, de dependência do Estado, e nós queremos uma sociedade civil e iniciativa privada forte para libertar as pessoas e as empresas para trazerem crescimento económico para o país”.
Para os liberais, a solução socialista não funciona em Portugal e o país tem de mudar de Governo, “mas também de país e, por isso, outras soluções estatistas, muitas vezes completamente fundadas na compra de votos, vazias e sem conteúdo, também não são solução para o país”.
“Não estamos no campeonato das promessas de atirar tudo a todos, mas no campeonato de mostrar aos portugueses como o país pode ser diferente e tão melhor”, sintetizou o deputado e presidente da IL.
Numa análise aos resultados eleitorais dos Açores, que vão ser hoje discutidos no Conselho Nacional, Rui Rocha salientou que a IL cresceu e “reforçou a identidade e a convicção de que a política se deve fazer com base em princípios, assumindo as decisões certas nos momentos certos”.