Juros, inflação, crise, preços: está tudo a aumentar e é normal sentir ansiedade. Como cuidar da sua saúde financeira (e mental) em cinco passos

29 set 2022, 07:00
Inflação, preços, economia, mercearia, compras, mercado, carne, talho. Foto: Burak Akbulut/Anadolu Agency via Getty Images

Especialistas em finanças e psicologia mostram que é possível lidar com o que aí vem e ainda proteger a sua saúde mental. O primeiro passo é o mais simples: enfrentar o problema e falar sobre ele

Desde que começaram as surgir as primeiras notícias sobre a subidas das taxas de juros do crédito à habitação, Andreia e Tânia têm recebido dezenas de mensagens por dia de pessoas preocupadas com o seu futuro. A minha prestação vai aumentar? Quando? Quanto é que vou pagar? "Houve um boom de mensagens. As pessoas estão muito assustadas. Veem as notícias e entram em pânico, mesmo sem saber ainda como é que vão ser afetadas", explica Tânia Matos, uma das fundadoras do Contas Em Dia, um serviço de aconselhamento financeiro personalizado. 

Tânia Matos e Andreia Melo criaram o Contas em Dia em 2020, em plena pandemia, depois de 12 anos a trabalharem na banca: "Uma das coisas que nos apercebemos, depois de ter lidado com o todo o tipo de pessoas, desde pessoas com rendimentos muito baixos e situações mais complicadas a pessoas com muito, muito património, é que existe um denominador comum, aquilo a que chamamos o cocktail explosivo: falta de organização financeira com a falta de literacia financeira, mais o tabu em relação a falar de dinheiro", explica Andreia. "Falar é um entrave tão grande, às vezes até entre famílias e casais." As pessoas ainda têm muita dificuldade em falar de dinheiro e mais ainda em pedir ajuda para lidar com as suas finanças.

Mas isso está a mudar. "Quando rebentou a guerra na Ucrânia, muitas pessoas começaram a ficar preocupadas. Foi um 'wake up call'. Acho que foi aí que a chave começou a virar. E agora, com todas estas notícias, nota-se muito que as pessoas estão com uma outra consciência de que quem não cuidar das suas finanças pessoais vai ter tempos complicados."

Bárbara Barroso concorda. "Todos nós temos de lidar com o nosso dinheiro. Isto é uma coisa que eu ando a dizer há anos, mas as pessoas preferem não o fazer", diz a especialista em finanças pessoais e CEO do MoneyLab. "A última grande crise que tivemos foi quando tivemos a troika no país. E foi quando eu senti o primeiro grande embate: tivemos os duodécimos, a vinda da troika foi muito dura para as famílias, para as empresas, para o país, em geral. E as pessoas tiveram de entender que tinham de mudar, que não podiam continuar a fazer tudo como antes. Agora sinto isso novamente. Começou antes do verão, mas acelerou nas últimas semanas. Não tenho memória de se falar tanto de inflação como agora, é uma expressão que se tornou comum. E finalmente as pessoas estão a entender que este não é um conceito exclusivamente económico, tem um impacto real na sua vida", explica a autora do livro "Ponha o seu dinheiro a trabalhar por si". "Até o meu filho de 11 anos já me falou da inflação." 

Ansiedade: a dificuldade em lidar com a incerteza

É como sentíssemos uma nuvem negra a aproximar-se. "O que é certo é que antes mesmo antes da pandemia a realidade do nosso país já não era favorável, a pandemia veio mudar apenas o foco para outra problemática que, no final de tudo, se vem a comprovar que só piorou aquilo que já estava mau. Julgo poder dizer que a maior parte dos portugueses já se sentem em recessão há bastante tempo", esclarece a psicóloga Catarina Graça. "Psicologicamente, tem sido provação atrás de provação. Naturalmente há um desgaste." Como se não bastassem os dois anos de pandemia e a guerra, nas últimas semanas temos ouvido falar muito de inflação, de recessão, de crise. "As noticias diárias são sempre desanimadoras. Vamos novamente para o desconhecido mas com a certeza de que não será fácil", diz a psicóloga.

"Cada pessoa tem uma relação própria com o dinheiro, que deriva dos seus traços de carácter e de personalidade e sofre influência dos laços familiares, sociais e culturais. Assim, em momentos de crise como a atual, a reação de cada um varia muito", sublinha a psicóloga clínica Sara Ferreira. Mas uma coisa é comum: "O cérebro humano não lida bem com a 'incerteza' e tampouco quando ela atravessa largos períodos de tempo. Estamos todos a lidar com um nível de incerteza sem precedentes – e aparentemente interminável – pelo menos, no momento."

Se já está a sofrer de ansiedade, só de pensar no que aí vem, talvez seja boa ideia reduzir o consumo de informação. Estarmos informados é essencial, mas "torna-se muito importante equilibrarmos as nossas fonte de informação". "Filtrarmos bem as notícias que são mesmo fundamentais assimilar", aconselha Catarina Graça.

De que forma a crise económica pode afetar a nossa saúde mental?

"Um dos principais riscos é a instabilidade emocional. Costumam dizer que dinheiro não é tudo e não traz felicidade mas, infelizmente, hoje em dia mais de metade daquilo de que precisamos diariamente tem por base a mobilização financeira. Uma vez falhando esta base de estabilidade muita coisa começa a desmoronar", explica Catarina Graça. "Psicologicamente, a frustração, o insucesso, as dificuldades, o sentimento de injustiça, dia após dia, são sentimentos devastadores. Muitas vezes o medo de perder uma determinada qualidade de vida torna-se um medo que bloqueia e que pode fazer mergulhar em estados de angústia e de ansiedade. O ser humano não gosta do desconhecido, está mais habituado a planear e a ter a sensação de controlo. Mas nestas fases, emocional e psicologicamente, é como se nos tirassem o chão que estavelmente tentamos pisar para avançarmos nesta caminhada que é a vida."

De uma maneira geral, num momento de crise enfrentamos um sentimento de insegurança e incerteza, medo da perda (material ou simbólica), da escassez, medo do desemprego, da doença, do desamparo, inclusivamente medo da morte.

"Para muitas pessoas tudo isto pode ser particularmente desestabilizador", avisa a psicóloga Sara Ferreira. E específica: "São esperadas reacções emocionais intensas, de desorientação, muito medo e mesmo agressividade. A maioria dessas manifestações tendem a ser compatíveis com o momento de crise ou de stress agudo vivenciado. Para algumas pessoas, o grau de perceção de ameaça pode alimentar transtornos de ansiedade crónicos. Além disso, as pesquisas demonstram que as pessoas expostas a situações de crise, individual ou coletiva (com potencial traumático) podem apresentar distúrbios psíquicos com comorbidades associadas tais como depressão, ansiedade, fobias, abuso de substâncias, stress pós-traumático, principalmente."

Nos casos mais graves, há o risco de compulsões, medos, delírios, surtos, violência, falta de empatia, paranóia, transtornos de imagem e alimentares, aumento do consumo de todas as substâncias minimamente psicotrópicas: do chocolate à cocaína, do álcool a opioides. "Na tentativa de aliviar a ansiedade causada pelas dívidas, muitas pessoas podem incorrer neste tipo de problemáticas, com especial destaque para o desenvolvimento de quadros específicos de ansiedade financeira, stress agudo, burnout, irritação, tristeza, desânimo e vergonha. A situação de desemprego ou a perspetiva desse cenário tem levado muitas pessoas a relatarem episódios de insónia ou excesso de vontade de dormir, muitas vezes, com alterações no apetite."

Em muitos sentidos, explica Sara Ferreira, "há um processo coletivo de luto a elaborar". "Luto de um 'normal' que já não o é assim tanto. Vivemos tempos duros, de muito luto, de muita perda, de muito medo, de muita tensão. Além dos efeitos diretos da crise global e do seu impacto imediato na vida de todos nós, quando se fala permanentemente das dificuldades económicas e sociais associadas a períodos de crise, na verdade, é sobre a saúde mental de uma sociedade que estamos (ou deveríamos) falar."

"Não vai ser fácil, mas vai passar"

Com os pés bem assentes no chão, Bárbara Barroso considera que, neste momento, "é como se visse um tsunami a formar-se": "Temos uma inflação muito elevada, os juros a subir, os salários (para quem os tem) não vão aumentar, a recessão a pairar, a rentabilidade dos investimentos em queda." Perante isto tudo, a primeira coisa que diz a quem lhe pede conselhos é: "Não vai ser fácil, mas vai passar." Como todas as tempestades. Não as podemos evitar, mas podemos prepararmo-nos para elas.

É preciso, diz a psicóloga Sara Ferreira, "aceitar que existe sempre um limite para as nossas ações". "Na verdade, esse talvez seja o maior desafio: aceitar que não resolveremos tudo sozinhos, e no tempo que gostaríamos, mas que isso não pode nem deve resignar-nos e impossibilitar as ações que cuidam do nosso presente e do nosso futuro."

"Uma boa forma de lidar com a ansiedade gerada por mais um desafio e uma mudança que se adivinha é mobilizarmos desde já as nossas melhores ferramentas de modo a prevenirmos futuros entraves", diz Catarina Graça. Ou seja: não fique à espera que a crise lhe caia no colo. Dê o primeiro passo.

Primeiro passo: enfrentar o problema e falar sobre ele

"Diante da recessão económica, cuidar das finanças pessoais é também um ato de autocuidado e de atenção com o seu bem-estar, e o primeiro passo é estar aberto a falar do assunto", refere a psicóloga Sara Ferreira. "Freud dizia que o tabu relacionado com o dinheiro é ainda mais profundo que o do sexo, porque envolve camadas cheias de vergonha. Os tabus sobre dinheiro levam a dificuldades de falar abertamente sobre o tema, o que pode trazer problemas. No caso das finanças, os problemas podem afetar negativamente não só a conta corrente, mas também a saúde mental das pessoas."

O tabu é um dos ingredientes do tal cocktail explosivo de que falam Andreia Melo e Tânia Matos. Há que combatê-lo: nutrir a sensação de que “não estou sozinho(a) neste problema”, dá-nos maior flexibilidade psicológica para lidar com as adversidades, fortalece a nossa resiliência e ajuda-nos a manter a esperança e a motivação para seguir em frente, garante Sara Ferreira. "Sem um fim claro das crises à vista, é importante desenvolver e manter uma relação saudável com as coisas que não podemos saber e não podemos controlar", explica a psicóloga. 

Segundo passo: tire uma "selfie" financeira

É por aqui que se começa, diz Andreia Melo: a "selfie" financeira. "Vamos tirar uma fotografia a nós próprios e vamos responder a duas questões: como é que estou a nível financeiro?; e como é que eu quero estar? E responder a isso sem filtros. É a verdade nua e crua. Muitas pessoas dizem-nos: eu nem quero saber quanto é que eu gasto em supermercado. Mas essa ignorância não é saudável. Se não sabe quanto é que gasta em combustível como é que vai saber quanto é que vai ficar a gastar com os aumentos?" Como se costuma dizer, "posso ignorar a realidade mas não posso ignorar as consequências da realidade". 

Pode-se começar pelo clássico financeiro: entrada e saída de dinheiro, saber quanto se ganha e quanto se gasta, olhar para as dívidas e para os ativos financeiros. "Para onde é que vai o nosso dinheiro? Temos de saber ao cêntimo. Temos de tomar nota de tudo para começar a perceber o nosso padrão de consumo", acrescenta Tânia Matos. "Não é fácil, não é um processo rápido. Mas fazendo-o com consistência dá resultados fantásticos porque dá uma clareza enorme. A maior parte das pessoas não sabe onde está nem para onde quer ir, nem sequer que é possível chegar a algum objetivo, seja uma viagem, uma casa, um casamento, reformar-se antecipadamente. As pessoas vivem num lufa-lufa, vivem permanentemente para pagar as despesas do mês e nem se apercebem que podem fazer mais do que isso."

Terceiro passo: planear, planear, planear

O objetivo desta "selfie" financeira é conseguir "deixar de pensar ao mês e fazer um calendário das despesas totais", dizem as responsáveis do Contas Em Dia. "Nós tratamos as despesas que não são mensais como se fossem inesperadas como se fossem imprevistos. O IUC, o IMI, o seguro do carro, o regresso às aulas, o Natal… não são imprevistos, sabemos exatamente quando é que vão acontecer. Se conseguirmos planear estas contas, isso dá-nos uma sensação de tranquilidade."

Existem no mercado diversas ferramentas informáticas que nos ajudam a organizar financeiramente. "Estas ferramentas servem mesmo para retirar a ansiedade. Se conseguirmos planear os nossos gastos, sentimos que estamos em controlo." 

Quarto passo: estabelecer objetivos - diminuir as despesas, aumentar as receitas

A psicóloga Sara Ferreira não tem dúvidas: "Quando entendemos o que podemos fazer a partir de onde estamos, de quem somos, do conhecimento que temos e das condições que nos circundam, percebemos que há soluções. Mesmo com limitações de recursos (internos ou externos) existe sempre algo a ser feito." É também nisso que acreditam os consultores financeiros. "Se queremos melhorar a nossa saúde financeira só temos duas hipóteses: ou reduzimos as despesas ou aumentamos as receitas", diz Bárbara Barroso.

De acordo com o INE, a maioria dos nossos gastos são nos "3 C" - casa, comida, carro. É aí que devemos concentrar os nossos esforços para reduzir as despesas. "Muitas vezes as pessoas dizem: 'vou poupar no café', mas assim nunca vão conseguir", avisa Andreia Melo.

"A compra da casa é sempre muito emocional. A maioria das pessoas faz os contratos praticamente sem ler, assinam de cruz, aceitam o que o banco lhes oferece", diz Tânia Matos. Este é, portanto, o momento para se informar e renegociar as condições do crédito à habitação ou os seguros associados para tentar pagar menos. "Quem tenha margem é aqui que pode conseguir grandes poupanças", garante Bárbara Barroso. Até porque a situação vai complicar-se bastante: "Os juros estão subir muito e muito rapidamente. Isto vai ser difícil para muitas famílias."

Lembre-se que a taxa de esforço não deve ser superior a 40% - o ideal é mesmo que não ultrapasse os 35%. Ou seja, a soma de todas prestações que temos de pagar não deve ser superior a 35% da nossa receita familiar. 

Também por isso, outro conselho muito valioso é dado por Susana Almeida Rosa, educadora financeira: se tiver créditos pessoais, tente amortizar e eliminar o maior número possível de créditos que conseguir. Não deve nunca contrair créditos para pagar outros créditos.

Este é também o momento para renegociar os contratos dos serviços - eletricidade, gás, telecomunicações, serviços bancários - para tentar poupar.

E, claro, para abrandar o consumo não essencial. "Temos de ajustar os comportamentos à situação de crise", diz Bárbara Barroso. E isso serve, por exemplo, para o uso do automóvel, para as compras no supermercado e para todas as outras despesas. É preciso otimizar as compras e evitar desperdícios.

A pergunta que devemos fazer neste momento, diz Susana Almeida Rosa, é: onde é que eu posso cortar? "Temos de escolher o essencial, arranjar alternativas e apertar o cinto. Se sentir que estou com dificuldades em cumprir as minhas obrigações, então tenho mesmo de fazer cortes: se calhar não preciso de assinar as plataformas de streaming, talvez possa deixar de ir ao ginásio e fazer ginástica em casa ou correr na rua, esse tipo de coisas. Temos de perceber que há alturas em que eu posso fazer determinadas coisas e há alturas em que não posso."

"E se realmente não consigo cortar em nada, então tentar perceber como fazer mais dinheiro: vender coisas de que já não preciso, arranjar um part-time, etc.. Claro que tudo dá muito trabalho e pode ser complicado, mas estamos dispostos a assumir compromissos. Não há soluções fáceis", avisa a educadora financeira.

Quinto passo: fazer poupanças

Isto pode parecer impossível, mas é importante que se tente. Bárbara Barroso costuma dizer que o objetivo não é poupar o que sobra dos gastos, é gastarmos o que sobra da poupança. O desafio é enorme. 

"É preciso poupar e é possível, mesmo que seja pouco", esclarece Tânia Matos. "Pode não ser possível em todas as fases da vida. Claro que o ano da pandemia, com lay-offs, foi complicado para muitas famílias. Ou, quando as pessoas estão desempregadas, também se percebe que não consigam poupar. Mas numa situação normal estar anos e anos a fio sem conseguir poupar é um sinal de alerta."

O objetivo é conseguir ter um fundo de emergência: que é o montante de dinheiro que temos de parte para uma emergência, e que deve ser o equivalente a seis a 12 vezes o equivalente às despesas mensais. Por exemplo, se as suas despesas mensais são mil euros, o seu fundo de emergência deve ser de seis a 12 mil euros. Mas não se assuste. "Se não conseguir, tente começar com um mês", propõe Bárbara Barroso. 

"Isto é o que nos ajuda, numa situação de sufoco, a estarmos mais descontraídos, porque estamos preparados", esclarece Tânia Matos. "Para quem seja trabalhador independente ou freelancer é fundamental. Na pandemia fez imensa diferença quem tinha e quem não tinha fundo de emergência", sublinha Bárbara Barroso. "Toda a poupança que conseguirem, coloquem esse dinheiro de parte." Afinal, tal como as formigas, estamos a poupar para um inverno mais rigoroso. "Janeiro vai ser um mês muito duro", prevê Bárbara Barroso: "O grande embate vai ser no início de 2023."

O autocuidado é possível, mesmo em tempos de crise

"É fácil sentir que se está a falhar quando de repente se vê que as suas economias estão a despencar. Mas, em momentos como estes, é essencial lembrarmo-nos que os problemas financeiros estão a ser moldados por forças maiores que fogem ao controlo individual", sublinha a psicóloga Sara Ferreira. "Ativar referências e memórias de como, no passado, soubemos superar alguma situação de crise ou adversidade nas nossas vidas é importante para criarmos lastro emocional, para nos conseguirmos descentrar da resposta mais imediata de medo e para ampliarmos a nossa perspetiva sobre a situação, dando-nos com isso mais ferramentas e recursos para responder da melhor forma possível. Muitas coisas na vida têm este carácter de aleatoriedade. Nem sempre podemos controlar todas as variáveis do que acontece, mas podemos sempre controlar a forma como escolhemos responder a elas."

Mesmo em tempos difíceis, é importante não nos esquecermos de cuidarmos de nós mesmos, aconselha a psicóloga. Nutrir relações significativas, divertir-se, descansar, apreciar a natureza, são exemplos de coisas que podemos e devemos continuar a fazer para que não fiquemos ainda mais "vulneráveis e enfraquecidos para enfrentar problemas complexos".

"Como atravessaremos as crises? A meu ver, só há uma saída, que é humanizar, elaborar, discutir, compartilhar a dor, as mudanças. Quando o medo divide, isola e fragiliza, submetendo a humanidade a um 'salve-se quem puder' constante, qual o valor adquirido pelas redes de apoio e entreajuda reais? Não são os números, são as pessoas que fazem o país andar. E cuidar da saúde mental, essa instância importantíssima que nos mantém vivos, operantes e conscientes é, portanto, crucial para a elaboração deste momento no mundo, para o progresso e o benefício comum que se desejaria para todos."

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