Ómicron XE. Foi detetada no Reino Unido uma nova variante (e o contágio parece ser mais rápido)

6 abr 2022, 11:36
Amostra de SARS-CoV-2. (Pixabay)

Dados das autoridades de saúde do Reino Unido dão conta da chegada ao país de uma nova variante que combina duas estirpes da Ómicron. Do pouco que se sabe, a única certeza é de uma maior rapidez na transmissão

A Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido (UKHSA) detetou, em janeiro, uma nova variante do SARS-CoV-2. Chama-se Ómicron XE, combina duas estirpes desta variante e, do pouco que se sabe, é mais contagiosa do que as variantes anteriores. A Organização Mundial da Saúde (OMS) já foi notificada.

Esta nova variante é aquilo a que se chama de vírus “recombinante”, isto é, que combina o material genético de dois vírus, neste caso, de duas variantes e subvariantes do mesmo vírus. A Ómicron XE combina a BA.1 (chamada de Ómicron original) e a BA.2 (uma subvariante).

Até ao momento, já tinham sido detetadas outras variantes recombinantes: as XD e XF, que juntavam a Delta e Ómicron BA.1. Segundo a OMS, a XD “está associada a maior transmissibilidade ou resultados mais graves”.

“Uma variante recombinante ocorre quando um indivíduo é infetado com duas ou mais variantes ao mesmo tempo, resultando numa mistura do seu material genético dentro do corpo do paciente. Esta não é uma ocorrência incomum e várias variantes recombinantes do SARS-CoV-2 foram identificadas ao longo da pandemia”, destaca a UKHSA.

Da informação recolhida e analisada nestes quatro meses de existência, esta variante parece ser 10% mais transmissível do que a BA.2, já ela mais contagiosa do que todas as variantes anteriores do SARS-CoV-2.

Desde que foi descoberta, esta nova variante já foi detetada em 603 casos no Reino Unido, sendo que o primeiro foi a 19 de janeiro. Esta variante foi ainda diagnosticada na China e na Tailândia.

Também o Ministério da Saúde de Israel tinha anunciado em março que foram identificados dois casos de covid-19 que combinam duas linhagens da Ómicron, a BA.1 e BA.2, que foi considerada “de preocupação” pela OMS.

Até ao momento, ainda não foi possível decifrar a gravidade desta nova variante e a própria OMS, num relatório, destaca a necessidade de mais estudos.

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