Se mora nestas zonas não coma broa de milho - DGS e ASAE alertam para 187 casos suspeitos de toxinfeção

António Guimarães , (notícia atualizada)
10 ago 2023, 11:59
Broa de milho. AP Photo

Casos foram registados entre 21 de julho e 9 de agosto e "apresentavam um quadro sintomático semelhante"

A Direção-Geral da Saúde (DGS) emitiu uma recomendação para que os cidadãos de certas zonas do país evitem comer broa de milho. Em causa estão 187 casos suspeitos de toxinfeção que já foram detetados em quatro distritos do país, e que levaram mesmo várias pessoas aos hospitais.

As localidades em causa são as seguintes: Pombal, Ansião, Leiria, Marinha Grande, Pedrógão Grande (distrito de Leiria), Ourém (Santarém), Figueira da Foz, Condeixa-a-Nova e Coimbra (Coimbra) Ílhavo e Vagos (Aveiro).

Apesar de ressalvar que “a broa de milho é, e deverá continuar a ser, um integrante da dieta dos portugueses”, a DGS indica que “é recomendável que se interrompa o consumo deste alimento nas áreas geográficas identificadas”, pelo menos até que as autoridades terminem a investigação que está a decorrer.

“Esta é uma medida preventiva e de caráter transitório. Assim, até que este alimento seja considerado seguro, apela-se à colaboração dos cidadãos”, indica a autoridade de saúde.

A DGS garante ainda que foram implementadas várias medidas para restringir as matérias-primas utilizadas no fabrico de broa de milho.

O comunicado, que também é assinado pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), alerta que os casos registados entre 21 de julho e 9 de agosto "apresentavam um quadro sintomático semelhante", apresentando sinais como secura da boca, alterações visuais, tonturas, confusão mental e diminuição da força muscular.

Sintomas esses que foram observados cerca de 30 minutos a duas horas após a ingestão de alimentos, não tendo havido casos graves, ainda 43 pessoas tenham recebido cuidados hospitalares.

"Apesar da incerteza ainda existente, foi possível determinar que os afetados tinham em comum o consumo de broa de milho produzida e distribuída nos distritos de Santarém, Leiria, Coimbra e Aveiro, pelo que a suspeita da origem da toxinfeção pode estar relacionada com a farinha usada na confeção deste alimento", pode ler-se.

A DGS e a ASAE deixam ainda uma recomendação: "apesar de os sintomas serem ligeiros e transitórios, o número de casos sintomáticos recomenda que não se consuma broa de milho nas regiões referidas, até que esteja concluída a investigação presentemente em curso".

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