Maior maternidade do país só abre depois do verão

14 mai, 19:53

Hospital tem ainda de contratar obstetras, um processo que já está em curso

O Hospital de Santa Maria vai continuar sem bloco de partos até depois do verão, mantendo a situação que se verifica no maior hospital do país desde agosto de 2023.

Na altura em que encerrou, o conselho de administração era presidido pela atual ministra da Saúde, Ana Paula Martins. Foi aí que os obstetras foram deslocados para o Hospital São Francisco Xavier, numa partilha de equipas que até chegou a gerar polémica.

A gestão continuará, assim, a ser feita com os hospitais São Francisco Xavier e Beatriz Ângelo (Loures).

Certo é que, quando reabrir, o Santa Maria terá mesmo de contratar mais obstetras, num processo que até já está em curso.

À CNN Portugal o hospital garantiu que essa fase já está em andamento, até porque ali vai passar a estar a maior maternidade do país.

Em paralelo, continua também por conhecer o plano para o verão no Serviço Nacional de Saúde (SNS), o que ameaça deixar os serviços em caos.

“As obras para construção da nova Maternidade Luís Mendes da Graça decorrem a bom ritmo, tendo o calendário de execução dos trabalhos sido adaptado em função dos prazos processuais inerentes ao visto prévio do Tribunal de Contas, emitido em setembro de 2023”, refere a Unidade Local de Saúde (ULS) Santa Maria numa resposta escrita à agência Lusa.

Com a nova maternidade será reforçada a capacidade de resposta à mulher grávida, ao recém-nascido, acompanhantes e profissionais de saúde.

“Será uma aposta estrutural na qualidade, segurança e humanização de cuidados, com a remodelação da urgência de obstetrícia e ginecologia e a construção de 12 novos quartos de parto, dois blocos operatórios e uma sala de observações, num total de cerca de 1.000 m2 quadrados de área nova a ser construída”, realça a ULS Santa Maria.

Orçadas em cerca de seis milhões de euros, as obras começaram em agosto de 2023 com os trabalhos preparatórios que levaram ao encerramento das instalações para se poder estar em segurança a esvaziar os espaços e a desinstalar os equipamentos clínicos.

Os trabalhos físicos nos serviços a serem remodelados, nomeadamente a urgência de Obstetrícia e o antigo bloco de partos, arrancaram depois que o CHULN teve o visto prévio do Tribunal de Contas, datado de 15 de setembro.

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