Admnistração anunciou que vai recorrer mais uma vez àquele regime laboral durante os dois períodos de paragem previstos a partir de 31 de maio
Em cima da mesa está a hipótese de a Volkswagen em Palmela voltar a rescindir os contratos com alguns trabalhadores, tal como aconteceu num passado recente. A diferença é que, desta vez, sendo a paragem para efeitos de melhoramentos e não por falta de componentes, ou por conta de constrangimentos inesperados, a Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa considera que avançar com o regime de lay-off é injusto.
As hipóteses levantadas, desde o anúncio da nova paragem, têm vindo a extravasar os muros da fábrica de Palmela e prova disso é o comunicado da Comissão de Trabalhadores e Coordenadora das Comissões de Trabalhadores do Parque Industrial da Autoeuropa, divulgado esta tarde, e que anuncia a preocupação das fornecedoras.
“Sendo que as consequências são para a quase totalidade das empresas e os seus trabalhadores que, de algum modo, deixam de ter rendimento (dependendo do modelo de lay-off a aplicar) leva-nos a ter de reagir”, pode ler-se.
Na comunicação escrita, a Coordenadora informa por isso que reunirá as várias CT do Parque Industrial da Autoeuropa no próximo dia 21 de maio, para avaliar todas as questões em torno da anunciada paragem técnica.
Antes disso, esta sexta-feira, a CT da Autoeuropa e administração da fábrica voltam a sentar-se à mesma mesa para discutir os termos em que será aplicado o novo período de lay-off.
Recentemente, a empresa anunciou que vai parar oito dias no mês de junho e 13 dias no mês de julho devido a uma reestruturação para a descarbonização da fábrica.
Logo após a comunicação, a representante dos trabalhadores deixou o aviso de que não aceitará penalizações salariais dos trabalhadores.
