Hospital Militar em Lisboa e da Prelada no Porto vão atender os doentes menos urgentes. Saiba como vai funcionar

12 jun, 07:05
Hospital de Santa Maria atinge tempos de espera de mais de 11 horas

Objetivo é desviar alguns doentes das urgências hospitalares, encaminhando-os para atendimento em locais próprios. Primeiro centro vai surgir no Porto já esta sexta-feira

Para retirar muitos doentes das urgências dos hospitais, o Ministério da Saúde vai criar espaços novos para atender os casos menos graves ou com pouca urgência. O Governo vai avançar já com dois destes novos estabelecimentos, no Porto e em Lisboa. Na cidade Invicta, tal será operacionalizado no Hospital da Prelada, que terá a colaboração dos hospitais de São João e de Santo António. 

Já em Lisboa, o novo centro que irá atender os casos que não são verdadeiramente urgentes irá funcionar nas instalações do Hospital Militar, o que será feito com a participação do Hospital de Santa Maria, que poderá, por exemplo, encaminhar alguns médicos tarefeiros.

No Porto, apurou a CNN Portugal, o protocolo com o Hospital da Prelada poderá ser já assinado na próxima sexta feira, 14 de junho. Já em Lisboa, a ideia é que o processo esteja concluído até 1 de julho.

Estes locais serão chamados de "centros de atendimento clínico" e atenderão os doentes menos urgentes, que podem ser reencaminhados pela Linha SNS 24, pelo INEM ou na triagem hospitalar quando é atribuída pulseira azul ou verde, com base na chamada Triagem de Manchester.

Estes Centros de Atendimento Clínico podem dispor de "alguns meios complementares de Diagnóstico e Terapêutica, como a química seca, meios de radiologia convencional e eletrocardiograma", avançam fontes conhecedoras do processo à CNN Portugal.. 

Além destes novos centros, será criado um novo tipo de consultas nos centros de saúde: chamam-se “consulta do dia seguinte” e destinam-se “a situações agudas de menor complexidade e urgência”. 

A questão das urgências, que tem gerado protestos dos médicos e das populações nos últimos anos, deverá ser um dos temas abordados esta quarta-feira na audição à ministra Ana Paula Martins, que irá decorrer na comissão parlamentar de saúde. Além destes centros para atender quem vai às urgências com situações pouco graves, o Executivo prometeu ainda criar a especialidade médica de urgência. 

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