Há submarinos de ataque russos a realizar missões junto ao Reino Unido

2 jul, 11:19
Submarino classe Kilo (Burak Kara/Getty Images)

Submarino da classe Kilo é capaz de transportar 18 torpedos e quatro mísseis Kalibr

Já acontece desde 2022, pouco depois da invasão da Ucrânia, mas só agora se sabe. A Rússia tem conduzido várias missões com submarinos de ataque no Mar da Irlanda, avança a Bloomberg, que cita três fontes relacionadas com o assunto.

Trata-se, escreve aquela publicação, de uma movimentação sem precedentes por parte do Kremlin, o que até forçou o exército do Reino Unido a tomar ações para proteger as águas britânicas e irlandesas.

Em causa está o destacamento dos submarinos da classe Kilo, desenvolvidos ainda na União Soviética, e que pode transportar 18 torpedos e até quatro mísseis Kalibr, desenhados especialmente para ataques a navios, mas que também podem ser eficazes em ataques em terra.

Um dos primeiros casos sinalizados ocorreu há cerca de 18 meses, quando um destes submarinos foi detetado a passar entre o estreito que separa a Irlanda da Grã-Bretanha. Mais recentemente foi reportada uma segunda ocorrência, mas os responsáveis britânicos admitem que o que está a acontecer vai para lá do que tinha sido visto até aqui.

Do lado do Reino Unido o Ministério da Defesa prefere não comentar, enquanto os Estados Unidos garantiram que continuam a monitorizar a atividade naval da Rússia, que até tem tido passagens frequentes em Portugal – ainda esta terça-feira a Marinha portuguesa voltou a emitir um comunicado para uma situação do género.

Os submarinos da classe Kilo não andam sozinhos em águas internacionais. Também dos do tipo Kazan foram, aí em cenário até confirmado pela própria Rússia, utilizados para exercícios no Oceano Atlântico, além de terem feito uma visita a Cuba, onde ficaram a poucos quilómetros da costa dos Estados Unidos.

Apesar de ficar em silêncio sobre este caso em concreto, o Departamento de Defesa da Irlanda confirmou um “aumento da patrulha marítima” na costa, nomeadamente para vigilância e proteção das infraestruturas energéticas que correm debaixo do mar.

É por ali que passa, por exemplo, o cabo EXA Atlantic, que atravessa todo o oceano e liga Irlanda, Canadá e Reino Unido.

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