Esta é a proposta do Governo para a recuperação do tempo de serviço dos professores: 20% a cada 1 de setembro

CNN Portugal , MJC
3 mai, 14:35
Fernando Alexandre, ministro da Educação (Lusa)

O ministro da Educação garante que tem "os cálculos" feitos mas não quis revelar quanto vai custar esta medida, uma vez que as negociações com os professores vão continuar

O Governo propõe que a recuperação do tempo de serviço dos professores se inicie a 1 de setembro, com 20% agora e 20% a cada ano, "sempre as 1 de setembro", até 2028: "Esta esta é a nossa proposta inicial, temos abertura para negociar e responder às reivindicações dos professores e às necessidades do sistema educativo", afirmou Fernando Alexandre, ministro da Educação, após as reuniões com os sindicatos que decorreram esta manhã, admitindo a hipótese de fazer "alguns ajustamentos".

O ministro garante que tem "os cálculos" feitos mas não quis revelar quanto vai custar esta medida, uma vez que as negociações com os professores vão continuar: "Cada alteração que fizermos a esta proposta terá implicações orçamentais muitos significativas", justificou. "A carreira dos professores é bastante complexa e são 123 mil professores, a recuperação tem de ser específica para cada professor, tem de ser feita de forma rigorosa e correta e ao mesmo tempo de forma justa e equilibrada."

Fernando Alexandre sublinhou que está é uma "profissão que foi muito desvalorizada nos últimos anos" e, portanto, o objetivo do Governo é "conseguir atrair mais professores" e ao valorizar "aqueles que já estão no sistema".

"Isso representa um grande esforço que o governo considera necessário, que tinha prometido, e que a sociedade entende, porque percebe a importância que a educação tem e os efeitos que a instabilidade no sistema educativo tem na vida de milhares de crianças", disse. "É um esforço que em grande medida vai ao encontro das expectativas dos professores e das famílias, para que no início do próximo ano letivo consigamos ter outro clima nas escolas, mais tranquilo, mais sereno".

O foco do Ministério da Educação está, portanto, na recuperação do tempo de serviço dos professores e nas medidas necessárias para solucionar a falta de professores no início do próximo ano letivo. "Neste momento não vamos mexer na avaliação", disse Fernando Alexandre. 

Todos os sindicatos pediram uma recuperação mais rápida, que não sejam esquecidos os docentes que estão à beira da reforma e que o executivo deixe cair a ideia de revogar o diploma (decreto-lei 74) que implementou mecanismos para acelerar a progressão na carreira.

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