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"Não podemos ter alunos sem aulas, é uma falha do nosso sistema educativo". Ministro da Educação quer reduzir em 90% o número de alunos sem professores

CNN Portugal , AM com Lusa
17 jun, 11:51
Fernando Alexandre

Fernando Alexandre diz que "não é aceitável que chegados ao final do primeiro período haja mais de 20 mil alunos que ainda não tiveram aulas a uma disciplina"

O ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, voltou a afirmar esta segunda-feira que o objetivo do Governo para o próximo ano letivo é "reduzir em 90% o número de alunos que no final do primeiro período está sem aulas a uma disciplina".

Considerando que "não é aceitável que chegados ao final do primeiro período haja mais de 20 mil alunos que ainda não tiveram aulas a uma disciplina", Fernando Alexandre revelou que o Executivo quer, efetivamente, "reduzir esse número no próximo ano letivo".

"O número de alunos muito elevado sem aulas em Portugal é, provavelmente, o mais grave problema do nosso sistema educativo. Põe em causa o percurso dos alunos, o investimento que as famílias fazem, por isso, é um problema que tem de mobilizar toda a sociedade portuguesa. Os alunos que são mais afetados nesta situação provêm de meios socioeconómicos mais desfavorecidos. É uma situação muito grave, aquilo que queremos fazer no próximo ano é sinalizar este problema e mobilizar a sociedade para esta situação. Nós não podemos ter alunos sem aulas, é uma falha do nosso sistema educativo", afirmou.

De acordo com o Ministério da Educação, Ciência e Inovação, no início do corrente ano letivo 324.228 alunos estavam sem aulas a uma disciplina, "situação que se arrastou para 939 alunos, que ficaram sem aulas a uma disciplina durante todo o ano letivo".

A lista de medidas propostas pelo Governo inclui a atribuição de mais horas extraordinárias na docência, o alargamento do período de substituição de professores em caso de doença, a contratação de 200 docentes reformados, uma remuneração adicional até 750 euros mensais brutos para 1.000 professores que atinjam a idade da aposentação e queiram continuar a dar aulas e a integração de 200 docentes imigrantes no ensino português.

O plano prevê também a concessão de duas mil bolsas de estudo a novos estudantes matriculados nas licenciaturas e mestrados de Ciências da Educação/Ensino.

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