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"Devemos a democracia a Mário Soares": Sousa Tavares fala em "traição" do PS e vê CDS "morto" sem dar por isso

13 jun, 22:31

Aprovação das comemorações solenes da data de 1975 foi tema na 5.ª Coluna

A apresentação de uma proposta para que se passe a realizar uma cerimónia solene a 25 de Novembro é o CDS a tentar fazer "prova de vida". Esta é a visão de Miguel Sousa Tavares, que vê o partido liderado por Nuno Melo "morto", mesmo fazendo parte do Governo e tendo até um ministro.

O problema, diz o comentador da TVI (do mesmo grupo da CNN Portugal), começa logo na escolha dos nomes. Miguel Sousa Tavares esperava ver como deputados Cecília Meireles, Pedro Mota Soares ou João Almeida, mas nunca Paulo Núncio.

"O CDS tem sido uma deceção na Aliança Democrática. Achei que Nuno Melo ia escolher os bons e não os maus. Uma Cecília Meireles, um João Almeida, um Pedro Mota Soares... não um Paulo Núncio, nunca" afirmou, garantindo que o partido não tem acrescentado nada no Parlamento ou no Governo.

De resto, para ilustrar essa opinião, Miguel Sousa Tavares lembra o livro "Ofício de Viver", do escritor italiano Cesare Pavese, cuja última frase diz "estava morto e não sabia".

"Eu acho que o CDS está morto e ainda não deu por isso", reiterou, mesmo que o cargo de Nuno Melo como ministro da Defesa dê algum prestígio pessoal, mas não partidário.

Tanto assim é que o comentador entende que o CDS, caso viesse a concorrer sozinho a umas legislativas, "desaparecia outra vez", depois de ter saído da Assembleia da República em 2022.

A prova de vida, a tal proposta do 25 de Novembro, é algo que Miguel Sousa Tavares vê como "ilegítimo", até porque o CDS "não acrescentou absolutamente nada" para a data.

"Eu estive no enterro dos comandos que morreram no 25 de Novembro, para lhes prestar homenagem, da mesma forma que estive no enterro dos capitães de Abril. As duas datas são fundadoras da democracia. O 25 de Abril é mais importante, derrubou a ditadura. O 25 de Novembro vem a seguir, porque pôs a democracia nos eixos e evitou uma ditadura de sinal contrário que estava claramente a caminho", sublinhou, apesar de não ver com bons olhos que as comemorações sejam equiparadas.

Nem tanto pela data, mas porque se trata de uma "traição à memória histórica" que é feita pelo PS ao PS de Mário Soares, "a quem devemos a democracia, em Abril e em Novembro".

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