Nova SBE lidera as escolas nacionais, mas ISEG é o que dá o maior salto face há um ano: 11 posições, o maior das escolas do ranking. Este ano há menos uma escola a surgir no ranking: a FEP
Quatro business schools portuguesas têm um dos 55 melhores mestrados do mundo em Finanças. A Nova School of Business and Economics (Nova SBE) lidera, uma vez mais, a presença nacional e consolida a sua posição, surgindo, pelo segundo ano consecutivo, como o 11.º lugar melhor do mundo.
A Católica Lisbon School of Business and Economics e o ISEG – Lisbon School of Economics fazem parte do Top 23, enquanto o Iscte Business School aparece na 45.º posição, segundo o ranking “Masters in Finance” do Financial Times (FT), divulgado esta segunda-feira. O mestrado da Faculdade Economia da Universidade do Porto (FEP) que, no ano passado tinha tido uma entrada direta para o 49.º lugar, este ano não consta na listagem.
“Este excelente resultado representa a consolidação do nosso posicionamento internacional. Enquanto business school portuguesa, é com enorme orgulho que conseguimos novamente afirmar que existe educação em Portugal a competir diretamente com as grandes business schools globais, criando valor para Portugal, a Europa e o mundo”, comenta Pedro Oliveira. “A Nova SBE e as restantes escolas portuguesas que figuram no ranking estão, mais uma vez, de parabéns”, acrescenta o dean da escola de gestão, citado em comunicado.
O ranking “Masters in Finance 2023” do Financial Times lista os 55 melhores Mestrados de Finanças de todo o mundo, avaliando as escolas em 20 indicadores, como remuneração e progressão de carreira dos graduados, diversidade da escola e investigação e experiência internacional.
Nas escolas de gestão nacionais, a Nova SBE obtém a melhor pontuação e, na classificação europeia, mantém-se no “grupo de elite de oferta de programas de mestrado em Finanças” ocupando a décima posição.
"O nosso mestrado é o terceiro melhor do mundo em ‘experiência internacional’, o que é resultante da competência dos nossos professores e das equipas que gerem o programa e acompanham os alunos. Estamos empenhados em proporcionar uma formação internacional, relevante, prática e útil para ajudar os nossos alunos a construírem percursos profissionais desafiantes com oportunidades de crescimento em Portugal e fora", diz Catherine da Silveira, Associate dean for international affairs & partnerships.
A contribuir para o desempenho da escola de Carcavelos estão, sobretudo, critérios como a taxa de empregabilidade de três meses após a conclusão do mestrado, a direção internacional e os docentes com doutoramento. Os três parâmetros obtiveram uma pontuação de 100%. Na satisfação geral, a Nova SBE conquista uma pontuação de 9,15.
Os profissionais detentores de um mestrado em finanças da escola de gestão auferem uma média anual de 119.153 dólares, uma subida face aos 104.000 dólares de há um ano, aponta o ranking do FT.
“Num contexto cada vez mais competitivo, a classificação do Mestrado Internacional em Finanças da Nova SBE no grupo dos melhores do mundo reflete a qualidade da nossa estratégia em preparar alunos portugueses e internacionais para careiras de sucessos. Demonstra a nossa capacidade em atrair e formar excelentes estudantes oriundos dos cinco continentes”, refere, por sua vez, Catherine da Silveira, associate dean for international affairs & partnerships.
E acrescenta: “O nosso mestrado é o terceiro melhor do mundo em ‘experiência internacional’, o que é resultante da competência dos nossos professores e das equipas que gerem o programa e acompanham os alunos. Estamos empenhados em proporcionar uma formação internacional, relevante, prática e útil para ajudar os nossos alunos a construírem percursos profissionais desafiantes com oportunidades de crescimento em Portugal e fora.”
Ainda este ano, a escola liderada por Pedro Oliveira alcançou a 18.ª posição mundial no ranking global do FT que distingue as 50 melhores do mundo em executive education.
Católica na 2.ª posição global em termos de progressão salarial
A Católica-Lisbon é a segunda escola de gestão nacional, ocupando a 21.ª posição a nível mundial, apesar do recuo de quatro lugares face a 2022. O seu mestrado em Finanças é, no entanto, o segundo melhor do mundo em termos de progressão salarial dos seus graduados, os quais veem aumentar o seu salário médio em 110% nos primeiros três anos após a graduação. Melhor neste parâmetro só mesmo o desempenho da HEC Paris – segunda posição do ranking a nível global –, cujos formandos veem a sua remuneração aumentar 120% após formação.
"Continuaremos a nossa missão de receber os melhores alunos de Portugal e de toda a Europa para lhes proporcionar uma carreira em Finanças verdadeiramente internacional, com uma sólida formação analítica e forte conhecimento do setor financeiro, permitindo-lhes ter um impacto positivo nas empresas e sociedade". garante Filipe Santos, dean da Católica-Lisbon.
Os mestrandos de Finanças da Católica recebem uma média anual de 79.210 dólares – há um ano era de 73.784 dólares. Uma larga maioria (97%) consegue emprego até três meses após o fim do programa. É igualmente, a 17.ª melhor escola do mundo em termos de progressão de carreira internacional dos seus graduados. Tem ainda uma percentagem significativa de mestrandos internacionais: 88%.
“É uma honra termos o nosso Mestrado em Finanças no Top 20 mundial na média dos últimos três anos. E este ano alcançámos a 2.ª posição mundial em progressão salarial dos nossos graduados o que é indicativo da sua qualidade e excelente preparação. A excelência dos nossos graduados leva a que rapidamente sejam promovidos e valorizados, mais do que duplicando o seu salário inicial”, comenta Filipe Santos, dean da Católica-Lisbon.
“Continuaremos a nossa missão de receber os melhores alunos de Portugal e de toda a Europa para lhes proporcionar uma carreira em Finanças verdadeiramente internacional, com uma sólida formação analítica e forte conhecimento do setor financeiro, permitindo-lhes ter um impacto positivo nas empresas e sociedade”, reforça. Em termos de satisfação geral, o mestrado desta escola conquista uma pontuação de 8,52.
ISEG dá salto de 11 posições, a maior do ranking
Com uma pontuação de satisfação geral de 9,05, a segunda melhor nota das escolas nacionais, o ISEG surge na edição deste ano como umas das 23 melhores escolas a nível global, com o mestrado de Finanças a dar, num ano, um salto de 11 posições. É a maior subida entre as escolas classificadas a nível global.
“A entrada do Master in Finance no Top 23 mundial e Top 21 europeu, acompanhada pela subida de 11 posições face ao ano passado, reflete, por um lado, a qualidade do ensino nesta área e, por outro, o empenho e esforço coletivo de toda a equipa, alunos e alumni. É um testemunho do compromisso contínuo do ISEG em oferecer uma educação de excelência, reafirmando a nossa posição como uma das melhores escolas de economia e gestão do mundo”, afirma João Duque, presidente do ISEG – Lisbon School of Economics & Management, citado em comunicado.
O mestrado em Finanças da escola foi reconhecido com a melhor opção em relação custo-benefício em Portugal, ocupando a 12.ª posição a nível global, bem como a escola que proporciona o segundo maior aumento salarial no país – 83% vs os 110% da Católica-Lisbon. Em média, os mestrandos do ISEG auferem uma remuneração anual de 74.798 euros, mais do que os 68.525 dólares de há um ano.
"A entrada do Master in Finance no Top 23 mundial e Top 21 europeu, acompanhada pela subida de 11 posições face ao ano passado, reflete, por um lado, a qualidade do ensino nesta área e, por outro, o empenho e esforço coletivo de toda a equipa, alunos e alumni", refere João Duque, presidente do ISEG - Lisbon School of Economics & Management.
A eficácia da rede de alummi e dos serviços de carreira do ISEG obteve a melhor classificação entre as escolas nacionais que figuram no ranking, tendo atingido a 14.ª posição e o 24.º lugar a nível global, respetivamente.
Ao nível da sustentabilidade, a escola obtém ex aequo – com a Nova SBE – a melhor classificação em Portugal no que diz respeito à pegada ecológica, obtendo o 6.º lugar a nível global.
Iscte, a 10.ª ao nível progressão de carreira
A quarta escola de gestão em termos nacionais, o mestrado do Iscte obteve a 45.ª posição a nível global, um recuo de quatro posições face ao 41.º lugar de há um ano, ano em que a escola tinha registado uma subida de dez posições. Em termos de satisfação geral, a escola obtém 8,45 de pontuação.
“Esta distinção internacional é o reflexo da qualidade da nossa oferta formativa ao nível de Finanças, pioneira em Portugal”, afirma Maria João Cortinhal, dean da Escola de Gestão do Iscte. “Oferecemos aos antigos estudantes a progressão de carreira mais rápida ao nível nacional e a 10ª ao nível mundial”, destaca a responsável em comunicado.
“Pretendemos dar continuidade ao excelente trabalho que temos desenvolvido, apostando na preparação de profissionais que venham a dar respostas às necessidades do mercado, em virtude de gozarmos de uma tradição na oferta formativa na área de Mercados Financeiros e Finanças Corporativas”, refere a responsável.
Os mestrandos de Finanças do Iscte recebem em média 49.327 dólares/ano, uma subida face os 45.083 dólares de há um ano, proporcionando um aumento de 56% ao nível de progressão salarial.
Pretendemos dar continuidade ao excelente trabalho que temos desenvolvido, apostando na preparação de profissionais que venham a dar respostas às necessidades do mercado, em virtude de gozarmos de uma tradição na oferta formativa na área de Mercados Financeiros e Finanças Corporativas.
Ao nível de parâmetros como igualdade de género, a Iscte Business School é a escola portuguesa com maior equilíbrio de género no corpo docente (48% do sexo feminino), sendo que 40% do Concelho Consultivo é composto por mulheres. É, também, uma das instituições em que mais docentes detêm doutoramento (99%).
Fora da edição deste ano do ranking está o mestrado de Finanças da Faculdade Economia da Universidade do Porto (FEP) que, no ano passado tinha tido uma entrada direta para o 49.º lugar.
França lidera (de novo) ranking
As escolas francesas de gestão voltam a liderar o ranking do FT, mas com uma novidade. A ESCP Business School “destrona” a HEC Paris com uma pontuação de satisfação geral de 9,81 vs os 9,85 da anterior líder.
Uma melhor pontuação ao nível de custo benefício (11.º lugar vs 13.ª posição), progressão carreira (3.º lugar vs 7.ª posição), liderança na rede de alumni e serviços de carreira, face à 5.ª e 2.ª posição da HEC de Paris ajudam a explicar esta mudança na liderança de topo.
Na terceira posição mundial surge a Essec Business School, com a igualmente francesa Skema Business School logo a seguir, mas com uma troca de posição face ao ranking do ano passado.
A Tsinghua University School of Economics and Management (China), a London Business School (Reino Unido), a IE Business School (Espanha), a University of St Gallen (Suíça), a Edhec Business School (França) e, por fim, a University of Oxford: Saïd (Reino Unido) fecham o top 10.