O objectivo é promoção e manutenção de hábitos de leitura
A informação de que os portugueses lêem pouco não desencoraja aqueles que desenvolvem movimentos para incentivar a partilha de livros, existindo mesmo interessados em conhecer o «segredo do sucesso» para aplicar em contexto escolar, noticia a Lusa.O bookcrossing
Leonor Barros, professora de Inglês e Alemão na Escola Secundária José Saramago, em Mafra, fez recentemente um trabalho sobre o bookcrossing
«A grande generosidade e o sentido de partilha» foram dois dos aspectos que mais a impressionaram neste movimento, que ela própria integra desde 9 de Abril de 2003.
«É fundamental poder partilhar com alguém aquilo que lemos e, num movimento como este, há um efeito de contágio, em que uma pessoa desperta outra para novos autores e novos livros», revelou a professora de 42 anos.
Segundo a docente, «a existência de pelo menos um outro interlocutor já constitui um triângulo - com dois leitores e um livro - fazendo com que a leitura deixe de ser um acto tão solitário».
Este é «um dos ensinamentos que os professores podem retirar do bookcrossing
Além fronteiras
De acordo com os dados recolhidos por Leonor Barros, a 12 de Julho o movimento internacional de bookcrossing
Do total de elementos, 7.520 eram portugueses, 3.080 brasileiros, 25 de Moçambique, 16 de Angola, 11 de Cabo Verde, 5 de São Tomé, 3 da Guiné e 3 de Macau.
«Apesar de este ainda ser um circuito relativamente fechado, o número de membros e de livros cresce constantemente», sublinhou a docente que, «se antes já lia bastante», com este estímulo passou a «ler muito mais, embora não chegue aos calcanhares de alguns bookcrossers