Superliga: árbitros portugueses não vão estar disponíveis

20 abr 2021, 15:26
Apito de árbitro (AP)

Anúncio feito pela APAF

Os árbitros portugueses não estarão disponíveis para arbitrar jogos da Superliga europeia, disse nesta terça-feira o presidente da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF), advertindo que quem o fizer será «por sua conta e risco».

Luciano Gonçalves lembrou quais são as instituições «a quem os árbitros têm de obedecer» e concluiu que aqueles que estiverem na Superliga «não estarão na FIFA e na UEFA», em declarações à agência Lusa.

«Os árbitros portugueses estão disponíveis para arbitrar competições da Federação [Portuguesa de Futebol], das Associações distritais, da FIFA e da UEFA e nunca de qualquer outra competição que não esteja sob a égide destas instituições», frisou o presidente da APAF.

Ainda assim, Luciano Gonçalves considera que não será difícil para a futura Superliga contratar árbitros, tal como fizeram os EUA, onde estão «uma série de árbitros europeus» a apitar jogos da MLS.

«Se o quiserem fazer, não será difícil. Deixam é de pertencer aos quadros da FIFA e da UEFA», reforçou o dirigente.

Luciano Gonçalves desvalorizou ainda o aumento das críticas à arbitragem nas últimas semanas e garantiu que o foco da associação é «que os árbitros tenham condições para estarem concentrados ao máximo» nos jogos que restam até ao final do campeoato.

«Infelizmente, não é nada de novo. É o normal. Os clubes a fazerem o trabalho deles a nível de críticas quando se sentem prejudicados. Tudo isto é natural e os árbitros só têm é de continuar a trabalhar para acertarem cada vez mais nesta fase decisiva da época», aponta.

Já sobre um possível endurecimento dos castigos para os agentes desportivos que criticam os árbitros, Luís Gonçalves lembrou que esse é um tema que antigo e ao qual a APAF irá voltar, mas frisou que não o fará com a época em andamento.

«Será oportunamente e na altura certa, assim que o campeonato terminar, para não estarmos a criar ondas com os campeonatos a decorrer. Iremos, novamente, tentar sensibilizar tanto as entidades que organizam as competições como os clubes para se ajustarem os regulamentos disciplinares, mas não é um tema que nesta fase nos esteja a preocupar porque não vai resolver nada», concluiu.

[artigo atualizado]

 

 

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