"Até podia ser homossexual, mas não podia apaixonar-me". Tiveram de fugir da igreja para amarem livremente

25 mai, 08:00
Igreja evangélica

Miguel foi acompanhado por um psicólogo pastor quando se assumiu; Filipe escolheu ser expulso em detrimento da abstinência; Mário negou-se a si próprio e casou com uma mulher; Larissa foi alvo de rituais religiosos. Estas quatro histórias tiveram lugar na Igreja Evangélica e no espaço das Testemunhas de Jeová que, embora diferentes, têm um denominador comum: a homossexualidade é "pecado diante de Deus"

“Reagiu como se o filho dela tivesse morrido ou sofrido um acidente”, Miguel, também conhecido por “Saza”, tinha 16 anos quando, num domingo à noite, a mãe o recebeu em casa de mãos na cabeça e lavada em lágrimas. Mal ele sabia que o seu maior “segredo” acabara de ser descoberto pelos pais - é homossexual e escondia esta realidade desde que se lembra. Eles, evangélicos praticantes, não eram o único desafio que aquele adolescente teria de enfrentar, era também a sua própria religião e toda uma congregação que o viu crescer, para mais tarde o levar a fazer uma escolha: a terapia ou as represálias. Escolheu a primeira via.

Mas este não é um caso isolado. Apesar de o Parlamento ter aprovado há quatro meses a sua criminalização, ainda há quem promova a conversão da orientação sexual ou da identidade de género dentro de grandes grupos cristãos.

Esta realidade vive-se ainda hoje no país e há relatos dentro de várias e diferentes igrejas protestantes e restauracionistas de repressões e até tentativas de conversão de jovens e adultos homossexuais e transgénero. As quatro histórias que se seguem foram vividas dentro dos portões da Igreja Evangélica e do betel das Testemunhas de Jeová.

LEIA AQUI A REPORTAGEM NA ÍNTEGRA

País

Mais País

Patrocinados