Ucranianos no estrangeiro vão ser "convidados" a combater: "Ainda estamos a pensar no que fazer se não vierem voluntariamente"

21 dez 2023, 12:27
Guerra na Ucrânia (Associated Press)

Volodymyr Zelensky quer mobilizar entre 450 mil e 500 mil novos soldados

A Ucrânia planeia "convidar" os ucranianos que residem no estrangeiro a aliarem-se no próximo ano às tropas de Volodymyr Zelensky na guerra contra a Rússia. Só que aqueles que não comparecerem de livre vontade nos gabinetes de recrutamento podem ser sancionados. 

Numa entrevista à Welt TV esta quinta-feira, o ministro da Defesa ucraniano Rustem Umerov, explica que vão ser chamados cidadãos entre os 25 e 60 anos que estejam aptos para o serviço militar. "Ainda estamos a pensar no que fazer se não vierem voluntariamente."

Segundo o Kyiv Independent, numa conferência de imprensa no dia 19 deste mês, o presidente da Ucrânia informou que planeia mobilizar entre 450 mil e 500 mil novos soldados, tendo instruído Umerov e o comandante do Estado-Maior das Forças Armadas, Valerii Zaluzhnyi, a desenharem um novo procedimento para conseguirem um número tão elevado de pessoas. 

Mas para o plano ser formalizado, Zelensky afirmou que será necessário ter em conta um conjunto de questões importantes, nomeadamente as formações das equipas, onde e quando vão servir e a desmobilização de tropas que combatem há quase dois anos. "É uma situação delicada."

A BBC Ucrânia noticiou em novembro que cerca de 650 mil homens ucranianos em idade militar deixaram o país em direção a outros países da Europa desde o início da invasão russa. De acordo com a lei marcial, é proibido que os homens entre os 18 e os 60 anos deixem a Ucrânia. 

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