U. Leiria-Beira Mar, 1-0 (destaques)

20 mai 2001, 18:18

Destaque

O estranho concurso do desperdício 
Num jogo de final de estação, com duas equipas já totalmente tranquilas e evidenciando claros sinais de falta de motivação, o que mais custou foi ver tanto desperdício. Quatro ocasiões de golo feito, equitativamente repartidas ¿ e esbanjadas ¿ pelos dois conjuntos. Valeu o bom remate de Derlei para salvar um duelo que deslustrou dois nomes que chegaram a fazer figuras de destaque durante a época.   
 
O remate de Derlei 
Um oásis num deserto de eficácia. O remate colocado de Derlei, a 11 minutos do fim, deu ao Leiria um triunfo imerecido. O brasileiro estava a fazer uma exibição mesclada de falhas e alguns bons pormenores, tinha assinado uma boa jogada nos minutos iniciais do encontro, culminada num choque com Palatsi, mas a verdade é que não se esperava que uma partida tão pobre fosse mostrar algum golo. A excepção acabou por acontecer, graças a um momento de inspiraçã do brasileiro. A 20 metros da baliza, com a bola controlada, olhou para o alvo, viu o espaço e rematou para o sítio que queria.   
 
O estímulo Zezinho 
O Leiria era uma equipa totalmente inofensiva na primeira metade. Manuel José queria dar um pouco mais de fantasia ao lado direito, que estava órfão de alguém criativo. Optou pela entrada de Zezinho, sacrificando Luís Vouzela, e não se deu mal com a escolha. A equipa da casa mostrou-se um pouco mais agressiva, explorando melhor esse flanco. Zezinho cometeu alguns errou, falhou um golo quase feito (não foi o único...), mas teve o mérito de dinamizar o ataque da sua equipa.   
 
O «dia não» de Paulo Alves 
Uma tarde para esquecer. O ponta-de-lança do conjunto leiriense não estava, decididamente, nos seus dias. Falhou de forma incrível um golo com a baliza aberta, no maior de um conjunto de erros. Lento na acção, foi incapaz de sobressaltar os defesas aveirenses. Para completar a tarde aziaga, saiu lesionado, aos 72 minutos.  
 
Porquê, Sousa? 
É certo que o Beira Mar tem o campeonato feito, fez uma das suas melhores épocas dos últimos anos, mas é sempre arriscado fazer, num só jogo, uma completa revolução numa estrutura que, geralmente, funciona bem. A ideia deve ter sido dar oportunidade a jogadores menos utilizados (Areias, Ribeiro...), mas a verdade é que dar-se ao luxo de colocar jogadores como Jorge Neves, Rui Dolores, Cristiano ou Fusco no banco implica uma grande margem de risco. O Beira Mar fez um jogo desgarrado, sem rumo, muito por culpa de tantas mudanças.

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