Médio acredita na recuperação O Boavista está isolado e confiante, mas Paulinho continua a acreditar que o F.C. Porto pode muito bem recuperar a desvantagem e chegar ao topo da classificação. «Acredito que vamos ser campeões», garante, a meio de um desejo: «Gostava de estar na final da Taça de Portugal».
A convicção de quem vive o F.C. Porto de forma muito peculiar. Paulinho Santos não pestaneja um instante, mesmo que as evidências merecessem, pelo menos, uma ponderação. Pedem-lhe que fale do F.C. Porto do momento, já eliminado da Taça UEFA, estranhamente atado no campeonato, capaz de fazer da Taça de Portugal a salvação de uma época abordada com grandes expectativas. O jogador limita-se ao trivial, segurando o arrojo, por vezes excessivo, que utiliza em campo.
«Estou convencido que o F.C. Porto vai ser campeão». Paulinho não quer ouvir falar de previsões diferentes. Falam-lhe de um Boavista aparentemente em ritmo de cruzeiro rumo a uma meta nunca alcançada, recordam-lhe incapacidades recentes dos portistas, o médio limita-se a confiar em si e nos companheiros. «Ainda falta muito campeonato», lembra, admitindo uma recuperação fulgurante da sua equipa. «Estamos bem fisicamente, mas talvez falte um pouco de sorte», arrisca, não detectando motivos evidentes para a má campanha. «Não encontro razões para as más exibições», confessa, dispensando o processo no instante seguinte. «Nem vale a pena pensar mais nisso».
Paulinho prefere limitar as opiniões ao próximo jogo com o Sporting, passando ao de leve pelo de ontem, sem se deter mais que o indispensável. «Tentámos ganhar, mas não conseguimos. São coisas que acontecem». A partida da I Liga, no entanto, já integra o passado e não condicionará em nada um desempenho que os portistas querem vitorioso. «Já passou, não interessa falar mais no assunto», insiste, certo que «o F.C. Porto tudo fará para estar na final do Jamor». Essa, de resto, poderá ser uma possibilidade concreta para terminar bem a época. «Somos os detentores do troféu, por isso queremos defendê-lo». E acrescenta: «Gostava de estar na final seja com quem for. Pouco importa se o adversário é Boavista ou o Pedrouços».
A época de Paulinho tem sido algo intermitente. Paredes está a monopolizar a vaga de médio-defensivo e Fernando Santos apenas o lance no onze para compensar a falta de um habitual titular. O jogador concorda que já atravessou épocas de maior influência, mas não exibe sinais de insatisfação. «As opções do treinador são sempre para o bem do F.C. Porto, por isso não há nada a dizer em relação a isso», explica.
