Estrangeiros no futebol português (dossier)
Basta uma interrupçãozinha no campeonato ou uma folga maior para se sucederem as notícias da ida a Vigo (ou, em menor escala, a Sevilha) de vários jogadores estrangeiros dos clubes portugueses.
E o que vão eles lá fazer exactamente? Coisas da burocracia: antes de expirar o visto de curta duração com que normalmente chegam a Portugal (excepção feita aos brasileiros), vão pedir o visto de trabalho ou a prorrogação de permanência, que apenas podem ser conseguidos em consulados portugueses no estrangeiro, sendo os situados nestas localidades espanholas os mais próximos geograficamente e portanto de mais fácil e rápido acesso.
Manuel Paulos, coordenador do Gabinete de Regularização Extraordinária de Imigrantes do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), esclarece que «geralmente os vistos são pedidos nos consulados da área de residência anterior do imigrante, mas em casos excepcionais podem ser solicitados em qualquer consulado português no estrangeiro».
No que diz respeito aos jogadores de futebol, o responsável salienta que «o que acontece na maioria das vezes é que eles não vêm logo para ficar, ou porque ainda não têm contrato assinado ou porque vêm primeiro à experiência, e por isso ainda não sabem se há um relação laboral ou não». Desta forma, explica, «o processo de pedido de um visto de trabalho ainda não pode ser iniciado».
A partir do momento em que assinam contrato com o clube «ou vão ao país de origem ou, como sucede na maior parte das vezes, recorrem ao consulado português no estrangeiro mais próximo e pedem o visto de trabalho».
Os números
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