Boavista já está a pensar na viagem à Ucrânia O treinador do Boavista assumiu o favoritismo frente ao Vorskla Poltava, em jogo a contar para a Taça UEFA, mas não escondeu alguma desconfiança. A táctica passa pela objectividade nos momentos decisivos, porque os axadrezados querem trazer a vitória no bolso.
Por um lado, deixa transparecer uma certa tranquilidade, mas por outro manifesta algum receio. Não vá o diabo tecê-las. Jaime Pacheco traçou o perfil do Vorskla Poltava, o adversário da próxima quinta-feira, na primeira eliminatória da Taça UEFA, colocando-se no meio da ponte, ou seja, sempre desconfiando. Na mente, ainda vivem alguns resíduos da eliminação do Boavista pelo Shaktior Donetsk, na primeira ronda da Taça UEFA de 1997. Mas, agora, a história pode ser outra...
«Às vezes, as surpresas acontecem. Pelo valor que temos mostrado no nosso campeonato e por aquilo que o nosso adversário tem feito na prova deles, somos favoritos. No entanto, estamos desconfiados, porque temos sempre em linha de conta a humildade que nos caracteriza. O Poltava não pode adquirir os índices moralizadores de que tanto necessita», reforçou o treinador do Boavista, ciente de que a equipa ucraniana ainda não venceu qualquer jogo no campeonato.
Mas no meio do cepticismo, Jaime Pacheco desmontou a teia das dificuldades e valorizou os números do Vorskla Poltava, mergulhado em derrotas, apenas com um único empate. «Esses resultados são animadores para o Boavista, mas a Taça UEFA é sempre uma prova diferente. Jaime Alves, o nosso observador, entendeu que o adversário espera vencer este jogo para ganhar moral no campeonato. Até mudaram de treinador há duas semanas», sublinhou.
A fórmula de Jaime Pacheco para a vitória não é muito diferente do habitual. Com as mãos abertas e os olhos a brilhar, o técnico do Boavista só pensa no triunfo para a eliminatória ficar praticamente decidida esta semana. «Temos de marcar golos, pois só assim conseguimos trazer a vitória para Portugal. Precisamos de ter ainda mais desempenho e desenvoltura em comparação com o jogo na Amadora. Temos de ser objectivos e matadores!», explicou, sabendo que as condições do relvado podem não ser as melhores.
